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Lisboa: Moedas quer vender património municipal, Bloco opõe-se

Para a vereação bloquista, as propostas da coligação da direita na reunião de Câmara desta sexta-feira mostram que "os Novos Tempos de Carlos Moedas tornaram a Câmara de Lisboa numa agência imobiliária".
Foto de Paulete Matos

A reunião extraordinária da vereação de Lisboa teve como um dos pontos a venda de património municipal. Uma das propostas era a de alienar 77 fogos de habitação municipal e outra era preparar a hasta pública de terrenos municipais no valor de 20 milhões de euros. Ambas viram a sua votação adiada, abrindo caminho a um entendimento entre a coligação da direita e o PS.

Para o Bloco de Esquerda, estas propostas fazem jus às palavras de Carlos Moedas quando disse que “dar resposta aos investidores é a prioridade do meu mandato". O Bloco afirmou a sua oposição às propostas, apresentadas pelos vereadores da direita "sem sequer se conhecer a Carta de Habitação Municipal e comprometendo a capacidade de decisão das próximas gerações".

"Os Novos Tempos de Carlos Moedas tornaram a Câmara de Lisboa numa agência imobiliária que só promove a especulação imobiliária e desiste de criar habitação pública para baixar o preço das casas para as famílias", afirma a vereação do Bloco em comunicado.

Com a oposição do Bloco mas viabilizada pela abstenção dos vereadores do PS foi aprovada a proposta da constituição de um direito de superfície em subsolo por 50 anos para a construção de uma garagem entre dois palacetes no Príncipe Real, numa rua que era uma entrada do Jardim Botânico. Trata-se de "um péssimo precedente", afirmou a vereação bloquista, pois "em vez de dignificar a entrada deste monumento nacional, a CML decide concessionar a um fundo imobiliário uma rua e permitir a construção de um parque de estacionamento por 111 mil euros, num local onde cada lugar de estacionamento pode ter esse valor".

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