Helsar: Catarina Martins afirma que gestão danosa não pode ficar impune

16 de dezembro 2019 - 18:23

Catarina Martins visitou a fábrica de calçado Helsar e solidarizou-se com os trabalhadores, afirmando que o crime económico não pode ficar impune. Sobre o Orçamento do Estado, a coordenadora bloquista considerou que, do que se conhece, a “proposta é insuficiente”.

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Catarina Martins, acompanhada pelos deputados Moisés Ferreira e Nelson Peralta, manifestou solidariedade aos trabalhadores da fábrica Helsar – Foto esquerda.net
Catarina Martins, acompanhada pelos deputados Moisés Ferreira e Nelson Peralta, manifestou solidariedade aos trabalhadores da fábrica Helsar – Foto esquerda.net

Catarina Martins visitou esta segunda-feira, 16 de dezembro, a fábrica de calçado Helsar, acompanhada pelos deputados Moisés Ferreira e Nelson Peralta.

A fábrica, situada em São João da Madeira, encerrou na passada semana, lançando 60 trabalhadores no desemprego, sem qualquer aviso prévio, sem receberem salário e nem sequer lhes ser entregue a declaração para acederem ao subsídio de desemprego.

Pouco antes da chegada da delegação do Bloco de Esquerda, os trabalhadores da fábrica de calçado receberam do administrador de insolvência a declaração necessária para poderem aceder ao subsídio de desemprego.

Solidariedade com os trabalhadores

A coordenadora do Bloco de Esquerda começou por manifestar a sua solidariedade com os trabalhadores da Helsar.

“Trabalhadores dedicados com trabalho reconhecido em todo o mundo e a empresa de um dia para a noite fecha, deixa os trabalhadores sem saber o que lhes vai acontecer e nem sequer as cartas para o subsídio de desemprego tinha enviado. Receberam-nas agora mesmo”, afirmou.

Catarina Martins considerou que a situação que se está a passar na Helsar é “gravíssima”, que é preciso investigar se há gestão danosa, assim como onde está o património da empresa. A coordenadora bloquista lembrou que a empresa recebeu fundos europeus e questionou: “como é que uma empresa que recebe fundos europeus já estava a dever à segurança social e os trabalhadores não sabiam”.

“Está na altura de mudar e o Bloco de Esquerda tem dito várias vezes que o crime económico não pode ficar impune”, frisou.

Proposta de OE não cumpre promessa de descer custos da energia, nem responde aos trabalhadores de turnos

Questionada pelos jornalistas sobre a proposta de Orçamento do Estado (OE), Catarina Martins considerou-a “insuficiente” e afirmou que o Bloco “não passa cheques em branco a ninguém”.

“O Bloco de Esquerda, daquilo que é conhecido e daquilo que conhece, considera a proposta insuficiente”, afirmou, considerando que a proposta “é insuficiente na resposta às reformas, é insuficiente na resposta às pensões, é insuficiente na resposta aos serviços públicos”.

A coordenadora bloquista destacou que a proposta de OE “não cumpre a promessa de descer os custos da energia e não responde ao trabalho, por exemplo aos trabalhadores por turnos e ao seu direito ao acesso à reforma mais cedo”.