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Habitação: avaliações bancárias no valor mais alto de sempre

As avaliações bancárias para concessão de crédito à habitação atingiram, no passado mês de julho, o valor mais caro de sempre. O valor mediano do metro quadrado dos imóveis é agora 1.525, mais sete euros do que no mês de junho e mais 7,6% do que em igual período do ano passado. A Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve são as regiões mais caras.
O DN/Dinheiro Vivo compilou os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística que dizem respeito a 25 mil avaliações bancárias, menos 13,1% do que em julho de 2022 mas mais 8,1% do que em junho.
Estes números indicam uma subida generalizada das avaliações relativamente ao mês de junho com a exceção dos Açores onde ocorreu uma descida de apenas 0,1%. Na Madeira, em contraste, de um mês para outro, o valor das avaliações bancárias subiu 3,3%. Esta região autónoma regista também a maior subida no que diz respeito ao mesmo mês do anos passado: 20,5%.
No ranking regional, o Algarve destaca-se como sendo 42,7% mais caro do que a mediana do país, seguido pela Área Metropolitana de Lisboa, 33,9% mais cara, a Madeira, 8,3%, e o Alentejo Litoral, 3,7%. No lado inverso da escala a Beira Baixa ficou abaixo do valor mediano do país em 47,5%, seguindo-se o Alto Alentejo com -47,3% e o Alto Tâmega com -46,6%.
Distinguindo entre apartamento e moradias, conclui-se que o valor mediano dos primeiros foi 1.698 euros por metro quadrado, aumentando em termos homólogos 7,8%. Sem surpresa, as diferenças regionais são semelhantes à tendência geral: o Algarve atinge o valor mais alto, 2.187, seguido de perto pela Área Metropolitana de Lisboa com 2.048. Por outro lado, o Alentejo tem o valor mais baixo, 1.115 euros/m2. O crescimento de um ano para o outro foi maior na Madeira, 27,3%, e menor no Norte, 7,4%.
A avaliação bancária dos apartamentos subiu de um mês para o outro em todas as regiões menos nos Açores, onde aconteceu uma baixa de 3,1%. Já na Madeira houve a subida maior num mês: 3,6%.
Por tipologia, a mediana do metro quadrado dos T2 saldou-se em 1.723, o que é uma descida de quatro euros. E a dos T3 teve tendência inversa com uma subida de seis euros, alcançando os 1.498 euros por metro quadrado.
No que toca às moradias, houve uma subida geral de 4,9% face ao mês anterior. Com a mediana a alcançar os 1.184 euros por metro quadrado.
Por região, de um mês para o outro, no Alentejo houve o maior aumento, 2,0%, e a única descida foi na Madeira, -0,2%. Em termos de crescimento homólogo, o Alentejo também lidera com 12,6%, sendo que nesta medida não houve descidas em nenhuma região.
A mediana dos T2 e T3 aumentou em nove euros, a dos T4 aumentou 15. O Algarve continua a ser o mais caro, 2.144 euros/m2, e é seguido pela Área Metropolitana de Lisboa, 2.022. A região centro tem o valor mais baixo, 960 euros/m2, seguida pelo Alentejo, 1.026.
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