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Greve climática estudantil volta a sair à rua na sexta-feira

No próximo dia 3 de março, a Alameda, em Lisboa, será o ponto de partida, pelas 10h, para uma marcha pelo fim aos combustíveis fósseis e pela democracia energética. A iniciativa surge integrada na greve estudantil global convocada pela Fridays For the Future.
Foto publicada na página de Facebook da Greve Climática Estudantil Lisboa.

No manifesto da greve climática estudantil de 3 de março é assinalado como, durante este último ano, temos vindo a assistir ao aumento galopante do custo de vida, que deixa muitas pessoas sem capacidade para fazer face a despesas essenciais, nomeadamente com alimentação ou habitação. Ao mesmo tempo, e conforme referem as e os ativistas, deparamo-nos com “inúmeras catástrofes, cada vez mais frequentes e severas, a acontecer pelo mundo”. Quem sai ileso desta situação são as petrolíferas que, inclusive, “registaram lucros recordes”.

“As mesmas petrolíferas que viciaram a nossa economia nos combustíveis fósseis, colocando-se em todos os passos da cadeia de abastecimento, aumentaram os preços da energia e, portanto, da vida, e estão agora a lucrar com a nossa precariedade e com a destruição do planeta”, lê-se no documento.

Em novembro do ano passado, a greve climática estudantil ocupou escolas e faculdades, “exigindo que o governo acabasse com a indústria fóssil que nos está a levar ao colapso, ao fim da civilização como a conhecemos”. Mas “o governo ignorou este apelo, continuando a defender os interesses privados destas empresas”.

O movimento considera, portanto, que há cada vez mais razões para sair à rua, e apela à mobilização: “Se queremos que os combustíveis fósseis acabem, temos que ser nós a pará-los. Mas não o conseguimos fazer sozinhas. As estudantes são apenas uma parte do movimento que se assegurará do fim dos combustíveis fósseis e do nosso futuro. Toda a sociedade tem que se mobilizar para impedir o funcionamento das petrolíferas e assegurar a nossa sobrevivência”.

A greve climática estudantil está consciente de que “a única solução à crise do custo de vida e à crise climática passa por um sistema de eletricidade renovável e acessível para todas as pessoas”. “Um sistema que reconheça que o gás é tão natural como a extinção. Um sistema onde os bens essenciais à vida, como a energia, não sejam comercializados. Um sistema público e democrático, que coloque as pessoas à frente, não o lucro”, frisa o movimento.

Neste contexto, as reivindicações são claras: O fim aos fósseis, inclusive o gás fóssil, até 2030, e eletricidade 100% renovável e acessível para todas até 2025.

A greve climática estudantil tem já agendadas novas ocupações a partir de dia 26 de abril, e exorta toda a sociedade para que tome ação coletiva para parar o colapso climático, pelo fim aos fósseis, e por um presente e futuro dignos.

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