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Greve climática estudantil volta a sair à rua na sexta-feira

No manifesto da greve climática estudantil de 3 de março é assinalado como, durante este último ano, temos vindo a assistir ao aumento galopante do custo de vida, que deixa muitas pessoas sem capacidade para fazer face a despesas essenciais, nomeadamente com alimentação ou habitação. Ao mesmo tempo, e conforme referem as e os ativistas, deparamo-nos com “inúmeras catástrofes, cada vez mais frequentes e severas, a acontecer pelo mundo”. Quem sai ileso desta situação são as petrolíferas que, inclusive, “registaram lucros recordes”.
“As mesmas petrolíferas que viciaram a nossa economia nos combustíveis fósseis, colocando-se em todos os passos da cadeia de abastecimento, aumentaram os preços da energia e, portanto, da vida, e estão agora a lucrar com a nossa precariedade e com a destruição do planeta”, lê-se no documento.
Em novembro do ano passado, a greve climática estudantil ocupou escolas e faculdades, “exigindo que o governo acabasse com a indústria fóssil que nos está a levar ao colapso, ao fim da civilização como a conhecemos”. Mas “o governo ignorou este apelo, continuando a defender os interesses privados destas empresas”.
O movimento considera, portanto, que há cada vez mais razões para sair à rua, e apela à mobilização: “Se queremos que os combustíveis fósseis acabem, temos que ser nós a pará-los. Mas não o conseguimos fazer sozinhas. As estudantes são apenas uma parte do movimento que se assegurará do fim dos combustíveis fósseis e do nosso futuro. Toda a sociedade tem que se mobilizar para impedir o funcionamento das petrolíferas e assegurar a nossa sobrevivência”.
A greve climática estudantil está consciente de que “a única solução à crise do custo de vida e à crise climática passa por um sistema de eletricidade renovável e acessível para todas as pessoas”. “Um sistema que reconheça que o gás é tão natural como a extinção. Um sistema onde os bens essenciais à vida, como a energia, não sejam comercializados. Um sistema público e democrático, que coloque as pessoas à frente, não o lucro”, frisa o movimento.
Neste contexto, as reivindicações são claras: O fim aos fósseis, inclusive o gás fóssil, até 2030, e eletricidade 100% renovável e acessível para todas até 2025.
A greve climática estudantil tem já agendadas novas ocupações a partir de dia 26 de abril, e exorta toda a sociedade para que tome ação coletiva para parar o colapso climático, pelo fim aos fósseis, e por um presente e futuro dignos.
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