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“A greve climática estudantil foi um dia histórico”

Catarina Martins marcou presença na manifestação da greve climática estudantil em Lisboa. Sublinhou a forma como uma nova geração se levantou “pela causa das nossas vidas”. E afirmou que “a predação capitalista furiosa dos recursos do planeta está a por em causa as nossas vidas.”
Foto de Paula Nunes

Foi com esperança que a coordenadora do Bloco olhou para a greve climática estudantil. “Um dia histórico” quer porque “há muito tempo que Portugal não via uma manifestação estudantil tão forte”, quer pela sua dimensão mundial.

Para Catarina Martins “a geração que agora se levanta” tem “toda a razão” porque o ambiente “é a causa das nossas vidas”. E esta geração sabe que já foi perdido “tempo demais” à espera de “políticas que protegam a nossa vida.”

A inversão de políticas é urgente: “há doze anos para termos a neutralidade no carbono e para pararmos o que podem ser alterações que vão impossibilitar a nossa vida com o aumento dos fenómenos climáticos extremos.”

A coordenadora do Bloco não deixou de apresentar exemplos de como, em Portugal, já estamos a viver uma crise ambiental, o que se vê “nos incêndios, na erosão da costa, nas tempestades.”

Não se trata portanto de questões longínquas ou de matérias políticas abstratas mas de escolhas “muito concretas”: “este é o momento de escolhermos se quereremos deixar como pede esta geração, o petróleo no chão e parar todos os furos ou se queremos continuar a alimentar as emissões e as alterações climáticas”.

E o Bloco já fez a sua escolha. Catarina Martins define o partido como “ecossocialista” o que quer dizer que considera considera que “a predação capitalista furiosa dos recursos do planeta está a por em causa as nossas vidas.”

Por isso, “a causa do ambiente é uma causa do Bloco desde sempre” e o partido sente-se em casa nas várias lutas ambientais que tem abraçado: "nas lutas contra os furos de petróleo, nas lutas para encerrar Almaraz, na luta contra a poluição dos rios, estamos juntos pelo que conta, o ambiente.”

Não se pode assobiar para o lado face às alterações climáticas

A deputada bloquista Maria Manuel Rola interveio no plenário para saudar uma manifestação que nos veio dizer "que não há planeta B" e que "não aceita que continuemos a assobiar para o lado relativamente às alterações climáticas."

 

 

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