Gaza: Forças israelitas matam mais de 50 palestinianos esta segunda-feira

14 de maio 2018 - 17:57

Os serviços de saúde palestinianos já contabilizaram até ao momento mais de 50 mortos e 2200 feridos nos protestos na Faixa de Gaza. Trump comemora inauguração da embaixada dos EUA em Jerusalém, afirmando que "é um grande dia para Israel".

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Foto de MOHAMMED SABER, EPA.

A 6 de dezembro de 2017, Donald Trump reconheceu oficialmente Jerusalém como capital de Israel e anunciou que a embaixada dos Estados Unidos da América seria transferida de Telavive para esta cidade.

A inauguração da embaixada decorreu esta segunda-feira, sob um coro de críticas internacionais e intensos protestos por parte da população palestiniana.

De acordo com a última atualização dos serviços de saúde palestinianos, as forças israelitas já mataram pelo menos 52 palestinianos e mais de 2200 pessoas ficaram feridas.

O porta-voz da Autoridade Palestiniana, Yousseff Mamoud, emitiu um comunicado no qual apela a uma “intervenção internacional imediata e urgente” para parar “o massacre horrível cometido pelas forças de ocupação israelitas contra o nosso povo heróico”.

Riyad Mansour, representante palestiniano nas Nações Unidas, solicitou, por sua vez, uma reunião urgente do Conselho de Segurança para parar o “massacre selvagem” em Gaza.

Esta terça-feira, dia 15, terá lugar uma greve geral na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, convocada pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, já veio afirmar que está “particularmente preocupado com as notícias que chegam de Gaza com o elevado número de pessoas mortas”.

Netanyahu: "Nós estamos em Jerusalém e estamos aqui para ficar"

O cenário de violência extrema contra a população palestiniana contrastou com o ambiente de festa e comemoração durante a cerimónia de inauguração da embaixada dos EUA.

Para o primeiro-ministro israelita, este foi “um dia glorioso”.

“Trump, ao reconhecer a História, você fez História. Nós estamos em Jerusalém e estamos aqui para ficar", frisou Benjamin Netanyahu.

Em comunicado, Donald Trump afirmou-se orgulhoso “em celebrar a abertura da embaixada dos Estados Unidos em Israel em Jerusalém".

"Estou feliz por ter visitado Israel durante a minha primeira viagem ao estrangeiro na qualidade de secretário de Estado" no final de abril e "estou impaciente por regressar em breve para visitar a nova embaixada e o embaixador [David Friedman] em Jerusalém", acrescentou.