Em conferência de imprensa realizada esta semana, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, afirmou que “as condições que se exigem para uma abertura das escolas não foram criadas”, do ponto de vista da segurança sanitária.
Para o sindicalista, o regresso ao ensino presencial é “essencial” para repor a normalidade nas escolas. Mário Nogueira diz mesmo que “seria trágico para os alunos se não voltássemos ao ensino presencial”.
Com professores e funcionários de volta às escolas para prepararem o novo ano letivo, que terá início a meio de setembro, a Fenprof defende que face ao risco de contágio da covid-19 em meio escolar são necessárias "medidas rigorosas que garantam que essa possibilidade é reduzida ao máximo”.
Mas “o Governo perdeu dois meses, julho e agosto, para poder melhorar" as condições sanitárias nas escolas, prossegue o líder da Fenprof, citado pela Lusa, recordando algumas das propostas incluídas no plano proposto pela direção da federação sindical no fim de julho e que incluía "um rastreio à covid-19 a toda a comunidade escolar”, feito em articulação com os municípios.
"Não há rastreio, não há distanciamento, não há pequenos grupos de alunos e também falta pessoal. O Ministério da Educação esteve dois meses a dormir", conclui Mário Nogueira, que voltou a pedir reuniões com Ministério e Direção Geral de Saúde, neste caso após oito pedidos sem resposta.