Fenprof diz que “o Governo perdeu dois meses” para melhorar condições nas escolas

03 de setembro 2020 - 16:03

Federação sindical dos professores acusa Governo e DGS de não responderem aos seus pedidos de reunião. A poucos dias do início das aulas, Mário Nogueira diz que “o Ministério da Educação esteve dois meses a dormir”.

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Mário Nogueira
Mário Nogueira na conferência de imprensa de 1 de setembro. Imagem Fenprof/Youtube

Em conferência de imprensa realizada esta semana, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, afirmou que “as condições que se exigem para uma abertura das escolas não foram criadas”, do ponto de vista da segurança sanitária.

Para o sindicalista, o regresso ao ensino presencial é “essencial” para repor a normalidade nas escolas. Mário Nogueira diz mesmo que “seria trágico para os alunos se não voltássemos ao ensino presencial”.

Com professores e funcionários de volta às escolas para prepararem o novo ano letivo, que terá início a meio de setembro, a Fenprof defende que face ao risco de contágio da covid-19 em meio escolar são necessárias   "medidas rigorosas que garantam que essa possibilidade é reduzida ao máximo”.

Mas “o Governo perdeu dois meses, julho e agosto, para poder melhorar" as condições sanitárias nas escolas, prossegue o líder da Fenprof, citado pela Lusa, recordando algumas das propostas incluídas no plano proposto pela direção da federação sindical no fim de julho e que incluía "um rastreio à covid-19 a toda a comunidade escolar”, feito em articulação com os municípios.

"Não há rastreio, não há distanciamento, não há pequenos grupos de alunos e também falta pessoal. O Ministério da Educação esteve dois meses a dormir", conclui Mário Nogueira, que voltou a pedir reuniões com Ministério e Direção Geral de Saúde, neste caso após oito pedidos sem resposta.

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