Em Portugal, os particulares compraram, em 2023, 116.752 habitações. O número reflete uma quebra de 19,8% relativamente ao ano anterior e fica mesmo abaixo de 2020, o ano em que a pandemia de Covid-19 mais se fez sentir no qual se venderam 118.751 casas.
No geral, para além do segmento de mercado “família”, foram vendidas 136.499 habitações, menos 18,7% do que no ano anterior, tendo sido a quantidade mais baixa desde 2017. A venda de novas habitações caiu 6,1% ao passo que venda de habitações já existentes caiu 21,4%.
Ao mesmo tempo, a tendência para a subida do preço das casas manteve-se. Entre 2023 e 2022, as casas passaram a estar 8,2% mais caras, depois do aumento desse ano ter sido já de 12,6%. O preço médio gasto por família foi 201.374 euros.
Estes dados são da responsabilidade do Instituto Nacional de Estatística, foram revelados esta sexta-feira, e compilados este sábado pelo Diário de Notícias.
Este realça que as famílias corresponderam a 85,5% do total de casas vendidas e a 83,9% do valor e que a quota de mercado de Lisboa aumentou. 32,3% das casas vendidas, no valor de 9,1 mil milhões de euros, foram-no na Grande Lisboa. Uma subida do peso da região de 0,3% o que é acontece pela primeira vez em seis anos.
O Norte ocupou 23,7% do total, 6,6 mil milhões de euros, o Centro 8,9%, 2,5 mil milhões de euros,
o Oeste e Vale do Tejo, 6,2%, 1,7 mil milhões de euros, a Madeira 2,7%, 748 milhões. Todas estas regiões aumentaram a quota. Em sentido inverso esteve o Algarve, 12,9% do total e 3,6 mil milhões, a Península de Setúbal, 9,1%, 2,6 mil milhões. Ambos com quedas de 0,6%.
O Alentejo com 2,8%, 798 milhões de euros, caiu 0,2%. Os Açores com 1,3%, 351 milhões de euros, manteve o peso relativo.
Por nacionalidades, os portugueses gastaram em média menos 83 mil euros do o resto dos europeus que compraram casa no mercado habitacional português e menos 211 mil do que pessoas do resto do mundo.
Os cidadãos estrangeiros compraram no total menos 3,1% de casas do que em 2022, gastando 3,6 mil milhões de euros. Sendo que os cidadãos da União Europeia compraram 5.025, menos 13,5%, tendo despendido um valor de 1,4 mil milhões, mas os de fora do espaço comunitário compraram 5.366, uma subida de 9,3%, gastando 2,2 mil milhões.