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EUA: Fenómenos climáticos extremos provocaram milhões de deslocados

Furacões, incêndios e inundações levaram mais de três milhões de adultos a saírem de suas casas em 2022. Um em cada seis não regressou, revela o primeiro inquérito do Departamento de Censos sobre o assunto.
Destroços deixados pelo furacão Ian em Sanibel, Florida. Foto Riley Perkofski)/US Coast Guard/Flickr

Um inquérito online do Departamento dos Censos dos Estados Unidos, citado pelo Público, questionou pela primeira vez os inquiridos acerca do deslocamento provocado por desastres naturais no país. E o resultado foi que 3,3 milhões de adultos norte-americanos confirmaram que foram deslocados por causa de furacões, inuncdações, incêndios, tornados e outros desastres provocados pelos fenómenos meteorológicos extremos.

Quase um milhão de pessoas a responder afirmativamente viviam no estado da Florida, assolado pelos furacões Ian e Nicole, o que representa uma em cada 17 residentes adultos. No Louisiana, com mais 409 mil respostas, foram um em cada oito.

Do total de deslocados, mais de um terço conseguiu regressar a casa logo após o evento climático, com menos de uma semana de ausência. Mas um em cada seis nunca chegou a regressar. Na análise socioeconómica da população, a percentagem de deslocados com rendimentos baixos (abaixo dos 25 mil dólares anuais) é de cerca de 22%, cinco pontos acima da média da população geral.

Esta semana, meses depois de ter sido atingido por incêndios florestais devastadores, o centro e o norte do estado da Califórnia receberam uma tempestade violenta com chuvas torrenciais e ventos até 160 quilómetros por hora, levando o governador a decretar o estado de emergência. Na outra costa dos EUA, o estado de Nova Iorque sofreu há poucas semanas o efeito da tempestade Elliot, que provocou dezenas de mortes e fortes nevões e ventos ciclónicos. A cidade de Nova Iorque registou o dia de Natal mais frio desde 1872, com uma temperatura de -10,5°C.

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