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O Tribunal Constitucional de Espanha revogou a anulação das listas da coligação Bildu, que agrupa a esquerda nacionalista (arbetzale) e autorizou a sua participação nas eleições municipais e autonómicas de 22 de Maio. A Bildu reúne os partidos Eusko Alkartasuna (EA) e Alternatiba, considerados legais pelas autoridades, e ainda a esquerda basca que o Supremo identificou como sendo a sucessora do Batasuna.
Trata-se de uma decisão histórica, que revogou um acórdão do Supremo Tribunal. Teve seis votos a favor e cinco contra dos juízes que fazem parte do Constitucional.
O Tribunal Constitucional decidiu que estava a ser posto em causa o direito da Bildu de aceder a cargos públicos, cumprindo os requisitos da lei, o que fere o artigo 23 da Constituição. Declarou assim nula a decisão do Supremo Tribunal, de 1 de Maio, que considerava a Bildu uma "coligação simulada e fraudulenta para ultrapassar a ilegalização judicial do braço político da ETA".
Foi a segunda vez que o Tribunal Constitucional revogou uma decisão do Supremo Tribunal. A primeira ocorreu em 2009, quando a máxima instância judicial autorizou a candidatura da lista de Iniciativa Internacionalista, dirigida por Alfonso Sastre, às eleições europeias.
Numa primeira reacção, a Bildu sublinhou que a decisão do Tribunal Constitucional foi "uma vitória da sociedade basca diante da falta de razão e dos interesses mesquinhos de alguns" e fez um apelo a "encher as urnas de milhares de votos abertzales e de esquerda".