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Em entrevista ao diário El País, o líder independentista basco Arnaldo Otegi afirmou que o uso da violência armada é incompatível com a estratégia independentista basca, rejeitou a violência como instrumento de pressão política e pediu à ETA que declare um cessar-fogo “unilateral, permanente e verificável”.
Otegi, que está preso desde Outubro de 2009, acusado de tentar reorganizar o ilegalizado Batasuna, afirma a convicção de que só existe um caminho irreversível para conseguir o objectivo da independência do País Basco: a paz e a democracia. “As armas, todas as armas, devem desaparecer definitivamente da equação política basca”, defende o militante abertzale.
Arnaldo Otegi explica que o movimento que lidera passou por um processo de “amadurecimento” e que se tivesse chegado antes à posição actual de rejeição unilateral da violência, o processo de paz iniciado em 2006 não teria fracassado.
A entrevista ocorre no momento em que a esquerda independentista pediu à ETA o abandono definitivo das armas.
Em reacção à entrevista, o primeiro-ministro, José Luis Rodríguez Zapatero, disse que "melhor estas palavras [de Arnaldo Otegi] que as de antes. Mas as palavras têm o valor que têm. O que contam são os factos".
