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Eslováquia: vencedor das eleições quer travar ajuda militar à Ucrânia

O partido Direção-Social Democracia (Smer-SD) venceu as legislativas de domingo na Eslováquia com 23,3% dos votos, ultrapassando os liberais do Eslováquia Progressista (PS) que obtiveram quase 18%. A afluência às urnas foi de 68,5%, a mais alta das últimas décadas.
O resultado dita o regresso ao poder de Robert Fico, que já governou o país de 2006 a 2021 e de 2012 a 2018. Os seus mandatos ficaram marcados por acusações de corrupção e em 2018 renunciou ao mandato na sequência do assassinato do jornalista Jan Kuciak, que investigava as ligações entre os políticos e a mafia 'Ndrangheta no país.
Da social-democracia que dá o nome ao seu partido, Fico passou a adotar um discurso populista mais próximo da extrema-direita e pró-russo, na linha do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán. Nesta campanha eleitoral, tornou a promessa de "suspender imediatamente qualquer entrega de ajuda militar à Ucrânia" na principal bandeira da sua campanha, uma posição partilhada por boa parte da população, com as sondagens a indicarem que metade os inquiridos apoia a Rússia na guerra.
Com este desfecho eleitoral, caso Fico consiga formar governo a União Europeia e a NATO veem mais um país membro a afastar-se da posição de apoio à Ucrânia. Para o conseguir, terá de conquistar o apoio da direita radical do Partido Nacional Eslovaco e do Hlas, um partido formado por ex-membros do partido de Fico.
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