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Enfermeiros: PS chumbou igualdade entre trabalhadores

A proposta de equiparação para efeitos de remunerações e posições remuneratórias entre enfermeiros vinculados por contrato individual de trabalho e com contrato de funções públicas foi rejeitada no Parlamento.
Foto de Paulete Matos.

O Partido Socialista voltou a chumbar na sexta-feira a proposta para assegurar a igualdade entre trabalhadores com contrato individual de trabalho e com contrato de funções públicas na área da saúde. O debate surgiu na sequência de uma petição subscrita por mais de nove mil enfermeiros a reclamar a correção desta injustiça.

“A invenção dos Contratos Individuais de Trabalho no SNS foi justificada como sendo uma forma mais expedita de contratação”, recordou o líder parlamentar do Bloco Pedro Filipe Soares. Mas a sua generalização “serviu sempre para baixar os custos com o trabalho no SNS, para que não sejam contados pontos para progressão na carreira, para que estes trabalhadores tenham menos direitos e menos remunerações”.

“É indefensável que existam profissionais a trabalhar lado a lado nas mesmas funções e a quem o Estado trata de forma completamente diferente”, apontou Pedro Filipe Soares, acrescentando que o resultado desta desigualdade é “o desânimo e sentimento de ingratidão” e estes “não promovem a produtividade”.

“Parece que há quem não tenha aprendido que os trabalhadores do SNS não são uma gordura do Estado”, prosseguiu o deputado do Bloco na apresentação da iniciativa. “Estes trabalhadores e trabalhadoras foram heróis na pandemia, mas além de palavras bonitas não receberam nada em troca”, apontou.

Pedro Filipe Soares deu alguns exemplos, como o dos enfermeiros do Hospital de Braga que ficaram “eternamente congelados” no que diz respeito à progressão na carreira ou dos trabalhadores de várias áreas do SNS que foram despedidos a seguir ao Natal, após terem trabalhado sem cessar como rastreadores de contactos durante a pandemia, sem direito a férias ou folgas, concluindo que “para o Governo do PS são descartáveis”.

A proposta de equiparação foi rejeitada na sexta-feira com os votos da bancada do PS e a abstenção do PSD e IL.

 

 

 

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