A candidata do Bloco às eleições europeias frisou que “é preciso abordar a questão da imigração com integração” e referiu que “não há fronteiras escancaradas em lado nenhum, exceto nos vistos gold, que permitem que pessoas que têm dinheiro da corrupção se instalem no nosso país”. Esse não é, de acordo com Catarina Martins, “o caso de quem vem para cá trabalhar e construir a sua vida”, sendo que essas pessoas “precisam de políticas de integração”.
Em causa estão, continuou, não só os direitos humanos, mas também “o futuro do país”.
“No Fundão, o facto de, em vez de haver preconceito, existir integração e existir acolhimento está a fazer toda a diferença. Porque existe aqui uma solução que é boa para toda a gente. É boa para chega, para quem aqui está e para a região”, detalhou.
Catarina Martins defendeu o investimento na integração, e deu ênfase à questão da língua e do trabalho com direitos.
Sobre as políticas migratórias no espaço europeu, a dirigente bloquista realçou a necessidade de assegurar “caminhos de entrada seguros”, na medida em que “o Mediterrâneo é a fronteira mais mortífera do mundo, o que devia envergonhar-nos”, e que, atualmente, estamos a atirar os migrantes para as mãos de redes de tráfico humano.
“Ser racista não é liberdade de expressão, é crime de ódio”
Mariana Mortágua repudiou o facto de o presidente da Assembleia da República ter legitimado o discurso racista da extrema-direita.
“Ser racista não é liberdade de expressão, é um crime de ódio”, enfatizou, alertando que o mesmo tem vindo a justificar “todos os horrores que vão acontecendo”, inclusive a escravatura e o Holocausto.
A líder do Bloco espera que a Conferência de Líderes “possa discutir este tema e tomar decisões à altura da gravidade do que se passou”.