Na passada terça-feira, a o ministério da Justiça da Dinamarca libertou Paul Watson, ativista anti-caça à baleia, rejeitando o pedido de extradição para o Japão referente à invasão de um navio baleeiro japonês em 2010.
O co-fundador da Greenpeace, e fundador da organização conservacionista Sea Shepherd e da Fundação Captain Paul Watson foi detido em julho, quando atracou o seu navio na Gronelândia. Nos meses que se seguiram, a pressão pública e política para a sua libertação foi aumentando, particularmente das autoridades francesas, uma vez que Watson vive em França desde 2023.
Segundo avança o Público, o Ministério da Justiça dinamarquês tomou a decisão depois de uma avaliação global, na qual teve em conta a idade do caso e a incerteza sobre se o tempo passado em detenção na Gronelândia seria deduzido da sentença no Japão.
“Estou certamente aliviado, especialmente porque isso me permite voltar para casa e para os meus filhos antes do Natal”, disse Watson à Reuters na terça-feira. “Não vejo os meus filhos desde junho, mas o apoio aqui na Gronelândia tem sido incrível”.
A advogada de Watson, Julie Stage, criticou o processo por ter demorado “muito tempo”, mas admitiu estar satisfeita com a decisão, sublinhando que “o mais importante é que a decisão final seja a correta”.
Na quarta-feira, um porta-voz do governo japonês lamentou “que o governo dinamarquês não tenha aceitado o nosso pedido de extradição” e frisou que o país continuará a responder adequadamente ao caso com base na lei e nas provas.
O ativista enfrentava uma pena máxima de 15 anos no Japão devido à invasão do navio baleeiro Shonan Maru 2. Entre as acusações estavam a cumplicidade de agressão e a invasão de navio.
