Paul Watson, veterano do ativismo contra a caça da baleia, co-fundador da Greenpeace e da Sea Shepherd, foi detido no dia 21 de Julho na Gronelândia devido a um mandato internacional de captura emitido pelo Japão. De acordo com a Sea Shepherd, o ativista pode ser extraditado para o Japão onde poderá enfrentar uma pena máxima de 15 anos.
Entre as acusações estão a cumplicidade de agressão e a invasão de navio. O mandato emitido pelo Japão está relacionado com a campanha contra a caça da baleia que Watson organizou na Antártida há mais de uma década. Um dos incidentes em concreto está ligado à invasão do navio baleeiro japonês Shonan Maru 2, segundo o Guardian.
O ativista ficará detido em Nuuk, na Gronelândia, até 15 de Agosto, à espera de uma decisão da justiça dinamarquesa sobre a sua extradição. A detenção tem gerado críticas e controvérsia, com as organizações ativistas a acusar este mandato de captura de ter motivações políticas. Antes de ser detido, Watson estava no processo de intercetar um dos principais navios baleeiros japoneses.
O presidente francês apelou a que a Dinamarca não extradite o ativista e 68 membros, tanto do parlamento francês como do parlamento europeu, assinaram uma carta enviada a Mette Frederiksen, primeira-ministra dinamarquesa, apelando à libertação de Watson.
A Sea Shepherd lançou uma petição online exigindo a libertação do seu fundador, também endereçada à primeira-ministra dinamarquesa.