O deputado do Chega eleito por Braga vai ter de responder em tribunal pelo crime de “falsidade de depoimento ou de declaração”, punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa, revela esta segunda-feira o jornal Expresso.
O caso da guerra interna na distrital de Braga do Chega já tem vários anos e percorrido vários tribunais. Uma das decisões judiciais requereu ao líder distrital do partido que apresentasse a ata de uma reunião de 2021 sobre a destituição de um adjunto da Comissão Política. Filipe Melo disse em audiência perante o juiz do processo cível “desconhecer se a mesma foi ou não feita”.
Mas a ata reapareceu depois com a abertura do processo judicial, comprovando que Filipe Melo tinha enganado o juiz. Afinal, ela diz que o próprio Melo presidiu à reunião e a sua rubrica consta das páginas da ata da discórdia.
A guerra por detrás da ata prende-se com as divergências que levaram dez dirigentes do Chega no distrito de Braga a demitirem-se em rotura com Filipe Melo. Para evitar a falta de quórum que obrigaria a novas eleições para a distrital, os chefes do Chega reverteram a exoneração do adjunto da Comissão Política, que se mantém em funções.