Em comunicado, o Climáximo refere que “a poucos dias da Cimeira do Clima em Paris, a propaganda verde aumenta, com empresas como a VW, a BP, ou a BMW a apresentarem-se à população como verdes, enquanto executam processos fraudulentos e crimes ambientais por todo o planeta”.
O movimento lembra o escândalo dieselgate, considerando-o “a ponta do iceberg de uma indústria automóvel que camufla permanentemente os efeitos da sua atividade comercial, escondendo à população mundial e aos proprietários das viaturas o impacto agravado causado sobre o ambiente e o clima”.
O comunicado recorda que “a VW vendeu nos últimos seis anos mais de 11 milhões de viaturas a diesel com softwares fraudulentos, que emitiam até 40 vezes a quantidade de óxidos nitrosos (NOx) legalmente permitida”, sublinhando que a maioria dessas viaturas foi vendida na Europa – 8 milhões.
O documento denuncia que a Comissão Europeia tinha conhecimento da fraude “pelo menos há três anos” e nada fez “para corrigir um crime contra todos os cidadãos do mundo, por via de um impacto massivo nas alterações climáticas”.
[caption align="right"] Ação do Climáximo[/caption]
O Climáximo alerta que a VW também cometeu a fraude em carros a gasolina, mas não é a única construtora automóvel a falsificar emissões, apontando que “a Audi, a Opel, a BMW, a Citroen e a Mercedes-Benz emitem muito acima das emissões de NOx legalmente permitidas”.
O movimento, citando a organização internacional Transport and Environment, denuncia também que “os novos Mercedes Class A, C e E, os BMW série 5 e os Peugeot 308 inauguram ainda um novo tipo de fraude: consomem mais 50% de combustível do que nos testes laboratoriais, emitindo consequentemente o dobro do gases com efeito de estufa”.
O Climáximo lembra ainda que em Portugal “há dezenas de milhares de veículos da VW com os softwares fraudulentos” e que “não há qualquer ação por parte das autoridades para punir este clamoroso crime ambiental”.
O movimento apela, por fim, à participação na Marcha Mundial do Clima em Lisboa, a 29 de novembro, e à participação nas ações internacionais no dia 12 de dezembro, em Paris, na Cimeira do Clima COP-21.