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Catarina Martins: não deixar que vendam o país todo
Falando na abertura das Jornadas Nacionais Autárquicas do Bloco de Esquerda, que decorrem este sábado no Entroncamento, Catarina Martins afirmou que o combate ao frenesim privatizador da direita está no centro da luta política do Bloco de Esquerda:
"As privatizações são uma fuga às responsabilidades e são uma forma de tornar o país inviável, de empobrecer o país, de entregar o que é responsabilidade coletiva para que uns quantos façam negócio, quando lhes der jeito, e depois se possam ir embora, sobre as ruínas de um país que não se levantou para se defender", disse, sublinhando que essa é também uma luta pela democracia.
"Quando lutamos contra as privatizações, lutamos, em primeiro lugar, pela democracia, porque, quando o nosso país deixa de ter capacidade de escolha sobre temas como a energia, serviços postais, aeroportos, empresas aéreas e de equipamentos ferroviários, transportes coletivos e resíduos, o que a direita está a dizer é que quem aqui vive deixa de ter a capacidade de decidir sobre a forma como a vida coletiva é organizada", disse a deputada.
Controlo público dos setores estratégicos é o caminho
Portugal à frente só se for na dívida pública, que subiu de 90% para 130% do PIB, ironiza a porta-voz do Bloco
Para a porta-voz do Bloco, é determinante que, daqui até às eleições legislativas, "haja vozes fortes em todo o país para não deixar que tudo seja destruído e que vendam o país todo", defendendo que “o controlo público dos setores estratégicos é o caminho alternativo à austeridade e é o único caminho que pode proteger o país nos anos que aí vêm".
Catarina Martins ironizou ainda o lema escolhido para o nome da coligação da direita, "Portugal à Frente":
"Portugal à frente só se for na dívida pública, que subiu de 90% para 130% do PIB. Portugal à frente, sim, nos números da emigração, do desemprego e da pobreza", concluiu.
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