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Campanha pelo fim ao gás fóssil trocou 200 painéis de publicidade em Lisboa

Esta ação inédita de "subvertising" em Portugal ocorreu no âmbito da quinzena de ações Fracasso Climático e do apelo internacional ZAP Games (Zona Anti Publicidade).
Um dos painéis publicitários que amanheceu esta segunda-feira com uma mensagem diferente. Foto Climáximo/Campanha Gás é Andar para Trás

Cerca de duzentos anúncios colocados junto às paragens dos transportes e noutro mobiliário urbano foram trocados por cartazes de protesto que ligam a crise do custo de vida e a crise climática aos lucros recorde das empresas fósseis em Portugal, em particular Galp, Ren e EDP.

“Alguns dos cartazes denunciam igualmente o crime de usar gás fóssil e como este empurra para o colapso climático. Os cartazes podem ser encontrados um pouco por toda a cidade, de Benfica à Estefânia, em praças principais e ruas secundárias, em avenidas e becos”, afirmaram em comunicado a Climáximo e a campanha Gás é Andar para Trás, que se solidarizaram com a iniciativa e divulgaram várias fotografias nas redes sociais.

“A tática de subvertising, praticada por todo o mundo contra a violenta indústria publicitária destina-se a combater a invasão permanente da paisagem e das mentes dos milhões de pessoas que são expostas todos os dias a dezenas de milhares de anúncios, quer passeando na rua quer nos seus telemóveis ou televisões. A cidade de Lisboa, como tantas outras, está totalmente ocupada por publicidade para estimular mais consumo e persuadir a sociedade a querer aquilo de que não precisa”, apontam os ativistas.

Esta segunda-feira, muitos transeuntes terão ficado surpreendidos com as mensagens inscritas nos painéis publicitários, onde agora se pode ler “A tua carteira está vazia porque a deles está cheia / Gás fóssil é crime climático. É crime social” ou “Gás: Tão natural como a extinção”, acompanhadas pelos logos da Galp, EDP e REN.

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