O Bloco de Esquerda do Porto pretende que o Ministério da Cultura assuma como “prioridade política a definição de respostas que ajudem aquela comunidade a se manter no seu espaço e encontrar soluções técnicas e financeiras para a preservação” do centro comercial Stop.
Recorde-se que este foi encerrado e selado a 18 de julho pela autarquia portuense. Os perto de 500 lojista e músicos que aí ensaiavam ficaram então sem ter “para onde ir”. Mas, depois da pressão da comunidade a Câmara recuou e esta sexta-feira músicos e lojistas puderam regressar, numa solução provisória que passa pela colocação em permanência de um carro de bombeiros com cinco operacionais em frente ao espaço e por formação para os seus utilizadores.
Com este regresso, os bloquistas pensam que “é tempo de encontrar soluções”. O partido defende que “no médio prazo, tal como propõe a comunidade, o Stop deverá poder voltar ao seu funcionamento habitual”. A estrutura local do partido quer que o Ministério da Cultura reconheça “o que toda a gente já reconheceu – o caráter raro e imprescindível do interesse artístico e cultural do Stop”.
Os planos da autarquia passam por fazer com que os músicos se mudem para a Escola Pires de Lima ou para os últimos pisos do Silo Auto. Mas estes respondem que ambos os espaços “carecem de condições para albergar toda a comunidade do Stop”.
Para além deste comunicado, também o Grupo Parlamentar do Bloco tinha questionado a semana passada o mesmo Ministério sobre a sua disponibilidade para, em conjunto com a Câmara do Porto e os agentes culturais, encontrar soluções técnicas e financeiras para garantir a continuidade do Stop.