A coordenadora do Bloco de Esquerda esteve esta terça-feira, 30 de junho, no Hospital de Santa Luzia em Viana do Castelo, num protesto de técnicos de diagnóstico e terapêutica.
“Temos aqui uma situação de trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que não estão contratados pelo SNS, estão em situação de outsourcing. É uma situação que já se prolonga desde 2004 e que faz com que técnicos de diagnóstico e terapêutica estejam a ganhar pouco mais do que o salário mínimo e sem sequer um vínculo”, afirmou Catarina Martins, lembrando que estes profissionas fazem os exames e os testes e “estão a responder” neste momento de pandemia de covid-19.
Catarina Martins considerou que a “situação é perfeitamente inaceitável”, salientando que “estes trabalhadores devem ser enquadrados na administração, devem ser trabalhadores do hospital, porque essa é a sua circunstância”. Recordou ainda que o orçamento do Estado prevê expressamente a continuação do processo de regularização dos vínculos precários, “estes profissionais devem ter direito a um contrato de trabalho”, frisou.
“Esta situação assume contornos ainda mais graves, ou se quiserem, que aviltam mais a nossa consciência, porque estamos a falar de profissionais de saúde que estão na primeira linha de resposta à covid, fazem os exames à covid aqui, a ganhar pouco mais do que o salário mínimo nacional, sem sequer terem um vínculo”, destacou.
Acordo para que baixas de doentes com covid-19 sejam pagas a 100%
À margem da visita, a coordenadora do Bloco lembrou que estão a ser votadas as propostas do orçamento suplementar na especialidade e que existe acordo para que o subsídio de doença das pessoas com covid seja pago a 100%.
Catarina Martins lembrou que atualmente o isolamento profilático, quando as pessoas estão à espera do resultado dos testes, é pago a 100 por cento, mas depois a baixa médica de quem está doente não é.
“A partir de agora, vamos então garantir que essa baixa médica é paga a 100 por cento, esse subsídio de doença, que é verdadeiramente essencial para que as pessoas possam mesmo ficar em casa”, frisou ainda Catarina Martins.