"A empresa será moralmente julgada pelas suas atividades e responsabilizada por violações de direitos humanos, crimes contra a humanidade e contra o ambiente (ecocídio)", referem os ativistas.
Irina Castro destacou a importância de conhecer de perto os casos de pessoas afetadas pela atividade ou pelos produtos da Monsanto, e de trocar experiências de países como Argentina, África do Sul, Índia ou EUA, onde "a empresa faz 'lobby' e impede que os rótulos dos alimentos refiram se contêm ou não produtos transgénicos e se resultam do uso de glifosato".
“É a primeira vez que se realiza um tribunal moral nesta área, para dar visibilidade global a diferentes situações locais de vítimas da irresponsabilidade da Monsanto, que recusa dar informação sobre o glifosato e influencia os regulamentos em alguns países", reforçou a ativista em declarações à agência Lusa.
O "Tribunal Monsanto", lançado em dezembro de 2015, em Paris, durante a cimeira do clima (COP21), vai reunir mais de mil pessoas em Haia, na Holanda, entre os quais ambientalistas, especialistas, juízes e pessoas apresentadas como vítimas da atividade da multinacional agroquímica, acusada de crimes contra a humanidade e o ambiente.