Europeias

“Ainda não ouvimos uma palavra de von der Leyen de condenação e sanções a Israel”

06 de junho 2024 - 12:47

Numa ação de campanha em Barcelos, Catarina Martins comentou a vinda a Portugal da candidata a presidente da Comissão Europeia apoiada pela AD e disse que “hoje é bom dia para se perceber quem é que está do lado dos direitos humanos”.

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Catarina Martins na Feira de Barcelos
Catarina Martins na Feira de Barcelos. Foto de Ana Mendes.

Esta quinta-feira a campanha do Bloco para as eleições europeias está no distrito de Braga e a manhã começou com uma ida à feira de Barcelos. Catarina Martins destacou “o carinho das pessoas” por onde tem passado e o reconhecimento da necessidade do voto no Bloco no atual momento político que o país atravessa. Quanto a expetativas de resultados, Catarina repetiu o que sempre afirmou em anteriores atos eleitorais: “Teremos os votos que merecermos. Para nós, o mais importante é que toda a gente vá a votar e que não se esqueçam o que nas Europeias estamos a decidir da nossa vida”.

A cabeça de lista do Bloco quis destacar a presença de Ursula von der Leyen esta quinta-feira na campanha da AD, lembrando que ela “é a presidente da Comissão Europeia que mantém um contrato de associação com Israel”, o país que “está a provocar um genocídio em Gaza”. “E nós ainda não ouvimos uma palavra da presidente da Comissão Europeia de condenação e de sanções a Israel, que é fundamental”.

Catarina lembrou que “a legislação a que a União Europeia se obrigou a si própria em tratados internacionais obriga a que haja sanções e obriga a que haja embargo do envio de armas quando estamos perante crimes de guerra e genocídio”. Neste contexto, a manutenção do contrato de associação com Israel “deve fazer pensar sobre quem está ao lado de von der Leyen hoje e se defende ou não a paz e os direitos humanos”.

Por outro lado, von der Leyen é representante do projeto europeu “que está a negociar com setores vastos da direita e mesmo da extrema direita e que tem como opção retirar os fundos europeus que têm servido para áreas tão fundamentais como a saúde ou a educação para financiar a indústria de armamento alemã que está a dar armas ao genocida israelita Netanyahu”, apontou a candidata bloquista ao Parlamento Europeu, concluindo que “hoje é bom dia para se perceber quem é que está do lado dos direitos humanos, das condições concretas de vida das pessoas ou quem, pelo contrário, só quer mais guerra e querem empobrecer a Europa”.