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África do Sul: greve em Marikana estende-se a mina vizinha

Cerca de 600 perfuradores de uma mina perto da cidade de Rustenburg concentraram-se em frente ao poço onde trabalham iniciando, à semelhança do que aconteceu em Marikana, uma paralisação. Também na mina de Tembelani, na mesma região, os trabalhadores deram um prazo à administração da empresa para responder às suas reivindicações de aumentos salariais.

"Num dos nossos poços, o poço norte, alguns empregados não se apresentaram ao trabalho", confirmou à AFP uma porta-voz do grupo sul-africano Royal Bafokeng Platinum. Segundo a empresa, que emprega, nesta mina, situada perto de Rustenburg, cerca de 7000 pessoas, ainda não se registaram quaisquer confrontos, ainda que já tenham sido mobilizadas para o local quatro viaturas da polícia sul africana.

Segundo o Sindicato Nacional dos Mineiros (NUM) a empresa conseguiu que um dos poços se mantivesse

Em resposta ao Business Day, Steve Phiri, CEO da Royal Bafokeng, afirmou que "o NUM demonstrou liderança ao lidar com a situação, explicando aos perfuradores de rocha que a administração aplica o acordo salarial existente e que a empresa não pode atender as suas reivindicações".

A Associação dos Mineiros e da Construção (Amcu), que lidera a greve na Lonmin, em Marikana, ainda não tem uma presença na mina, contudo, Steve Phiri afirmou disse que já existem sinais de que esta associação se pretende estabelecer no local.

Numa outra mina de platina da região, em Thembelani, controlada pela gigante Anglo Platinum American Limited, e responsável pela extração de cerca de 40% deste metal a nível mundial, os perfuradores exigem aumentos salariais e deram até sexta feira à empresa para responder às suas reivindicações.

Na mina da empresa Impala Platinum, em Rustenberg, onde teve início, em janeiro de 2012, esta onda de contestação, as tentativas do NUM para pressionar os trabalhadores a cumprir o acordo coletivo existente resultou numa greve numa greve de seis semanas, que terminou em março, e no declínio acentuado do número de membros do NUM.

Outras empresas que se dedicam à extração de platina, como a Northam Platinum, temem que este conflito e espalhe a todas as empresas do setor com atividade na África do Sul.

 

 


 

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