No final da guerra civil, Angola tornou-se uma terra de grandes oportunidades para alguns. Nessa altura, as críticas da direita e do PS ao regime do MPLA foram substituídas pelos convites ao investimento da elite económica angolana. O PCP manteve-se fiel ao MPLA e só o Bloco apontou sempre o dedo aos cleptocratas do regime. Artigo de Luís Branco.
PwC, Delloite, Ernst & Young, KPMG e Boston Consulting são algumas das grandes consultoras que ajudaram Isabel dos Santos e Sindika Dokolo a montarem o seu império de mais de 400 empresas em 41 países, incluindo vários paraísos fiscais.
O Luanda Leaks veio comprovar o que há muito já se sabia. Isabel dos Santos é a figura principal de uma das maiores redes internacionais de crime económico do século XXI, surrupiando durante anos o produto do esforço do povo angolano.
Além de mobilizar redes de influência, a contratação de ex-governantes portugueses permitiu ao regime de Luanda exibir as credenciais de responsáveis democráticos de Portugal. Não foram só advogados e consultores a apoiar e beneficiar do roubo sistemático do povo de Angola.Artigo de Jorge Costa.
Os mais de 715 mil documentos sobre os negócios de Isabel dos Santos publicados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação foram entregues por uma plataforma fundada por William Bourdon, advogado que defendeu Assange e defende agora Rui Pinto.
Os “Luanda Leaks” vieram expor a forma como Isabel dos Santos e Sindika Dokolo construíram o seu império financeiro, em boa parte graças ao financiamento público resultante da influência política de José Eduardo dos Santos. Os negócios, ruinosos para o Estado angolano, serviram para criar a primeira bilionária africana. Dossier organizado por Luís Branco.
Uma "grande empresária", assim foi tratada Isabel dos Santos desde que aqui começou a investir a fortuna do petróleo angolano. Artigo de Mariana Mortágua.