Inflação

Desde a pandemia, os preços dos alimentos aumentaram 33,5%. As frutas subiram 43,1%, a carne 38,4% e o pão e cereais 33,5%. A inflação na comida é bem superior do que na média de todos os produtos.

Preços da alimentação e energia registam salto e empurram a inflação para os 3%. Até novembro, o Estado gastou 2.188 milhões devido à crise da inflação e energética.

Inflação na zona Euro sobe ligeiramente para 2.6%. Em Portugal, há uma descida contida, mas a taxa continua a estar bem acima dos valores registados antes de Março de 2021. 

Num universo de mil consumidores com mais de 18 anos, apenas 31% dizem conseguir poupar dinheiro ao final do mês. Num universo de 17 países, Portugal lidera nas preocupações da população face à precariedade financeira.

A crise de habitação que vivemos está a criar mais pessoas sem-abrigo e a empurrar para essa situação pessoas integradas socialmente. O aumento do preço das casas e a inflação são agora condicionantes que aumentam o risco de exclusão de quem trabalha.

Na véspera do fim do "IVA zero" nos produtos essenciais, Joana Mortágua afirma que a inflação e as margens dos grandes distribuidores rapidamente absorveram a diferença no preço. E que a medida só beneficiaria o bolso das pessoas se viesse acompanhada do controlo de preços.

O líder parlamentar do Bloco defende que o Governo não pode ser indiferente aos "lucros obscenos" da banca e deve obrigá-la a usar esses lucros para baixar a prestação do crédito à habitação das famílias.

Mariana Mortágua respondeu às declarações da vice-governadora do Banco de Portugal, que afirmou que o aproveitamento da inflação por parte das empresas é "normal" e não foi "deliberado".

Fundo Monetário Internacional aponta que mercados imobiliários europeus evidenciam sinais de sobrevalorização e dá como exemplo cinco países, entre os quais Portugal. Instituição assinala ainda aumento da “divergência entre os preços das casas e os rendimentos, e entre os preços das casas e as rendas”.

O Governo anunciou que vai compensar o corte na base de cálculo das pensões futuras e passar a atualizá-las de acordo com a lei. Catarina Martins lembra que houve seis meses em que os pensionistas não receberam a pensão que deviam por causa deste "truque" orçamental.