Grandes beneficiários da descida do IVA "foram os donos do Continente e Pingo Doce

04 de janeiro 2024 - 18:21

Na véspera do fim do "IVA zero" nos produtos essenciais, Joana Mortágua afirma que a inflação e as margens dos grandes distribuidores rapidamente absorveram a diferença no preço. E que a medida só beneficiaria o bolso das pessoas se viesse acompanhada do controlo de preços.

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supermercado
Foto de Paulete Matos.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento , Joana Mortágua falou do fim do "IVA zero" nos bens essenciais e as notícias sobre como “a descida do IVA foi parcialmente comida pela inflação". Para a deputada do Bloco,  de todas as famílias que beneficiaram desta descida do IVA "há duas grandes famílias que foram as suas principais beneficiárias, que é a família dona do Continente e a família dona do Pingo Doce”.

Sobre isto, vincou que o Bloco defende que “descidas do IVA em determinados sectores só funcionam havendo controlo de preços que garantam que essa descida do IVA se reflete diretamente nos preços que são postos à venda e diretamente sentidos pelos consumidores” e “não é comida pelos proprietários destas grandes empresas”.

O partido revela-se disponível para “rever os bens que devem estar sujeitos a uma taxa de IVA reduzida”, “sempre relacionado com o controlo de preços para garantir que aquilo que o Estado perde em receita não é embolsado pelos acionistas dessas empresas, para garantir que aquilo que o Estado perde em receita é sentido diretamente nos bolsos dos consumidores”, reitera. E apresenta um dos “casos urgentes” a rever: o do IVA da eletricidade.

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