A inflação em dezembro subiu 0,5 pontos percentuais face ao mês passado, chegando agora aos 3%. A causa dessa subida são os preços da energia e da alimentação, que subiram fortemente em dezembro face ao resto do ano.
Os preços da energia subiram 4,9% face ao período homólogo, isto é, a dezembro de 2023. Em novembro, a variação homóloga tinha apenas ficado pelos 2,1%. Já a inflação nos bens alimentares não transformados aumentou para 3,4% face a 1,9% em dezembro.
São dados do Instituto Nacional de Estatística, que aponta que a taxa de inflação média de 2024 se deve situar nos 2,4%. O relatório completo com os dados referentes à inflação de dezembro de 2024 será publicado a 13 de janeiro de 2025.
A Lusa avança também que a inflação terá custado 2.188 milhões de euros ao Estado português só até novembro de 2024. Os dados são extraídos da contabilização da Direção-Geral do Orçamento (DGO), que indica que foi apurada “uma diminuição de 1.133,2 milhões de euros na receita efetiva e um crescimento de 1.055,6 milhões de euros na despesa efetiva”.
Habitação
Preços das casas e inflação estão a aumentar número de pessoas sem-abrigo
Isto devido às medidas que o Estado empregou para mitigar o impacto da crise de inflação e da energia. Lembre-se que em vez de tabelar preços ou procurar intervir diretamente no mercado, as decisões tomadas quer pelo governo do Partido Socialista, quer pelo da Aliança Democrática puseram o Estado a pagar ao mercado.
Nesse sentido a DGO aponta que o maior impacto na subida da despesa foi a “medida de alocação de verbas ao Sistema Elétrico Nacional (SEN) para redução de tarifa, no montante de 566 milhões de euros, seguida do apoio extraordinário à renda, no montante de 284,4 milhões de euros”.