Desde a pandemia, os portugueses gastaram em alimentação e bebidas não alcoólicas 3.300 euros por ano por pessoa, valor ajustado à inflação e que, comparado com o conjunto da União Europeia e ajustado ao nível de vida de cada país, é o mais alto.
Estes dados são do Eurostat, foram compilados pelo Expresso, e mostram ainda que desde 2020, as despesas com comida e bebidas não alcoólicas aumentaram 43,5% no nosso país. O número, ressalva o semanário, indica ao mesmo tempo uma aumento dos preços mas também uma “maior propensão a comprar alimentos pelos portugueses desde o início da pandemia”.
Na realidade, desde fevereiro de 2020, o último mês contabilizado sem os efeitos da pandemia de Covid-19, até junho deste ano, o aumento dos preços da alimentação foi de 33,5%. Bem acima da inflação total que se situou nos 21,5%.
A mesma fonte permite concluir que em 2024, a despesa per capita com estes produtos foi a terceira da União Europeia, 3.314 sem descontar a inflação.
As estatísticas do INE revelam que só houve maior subida de preços na categoria dos gastos em restaurantes e hotéis, 42,3%.
Por subcategorias, dentro da alimentação, são as frutas que mais subiram de preço neste período, 43,1%, seguidas do açúcar, confeitaria, mel e outros produtos à base de açúcar (39,6%), e da carne (38,4%). O pão e os cereais aumentaram 33,5%.
Desde a pandemia, os portugueses perderam poder de compra e estão abaixo da média da União Europeia. Os mesmos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas que custam em média 100 euros na UE, custam em Portugal 101,5 euros. Antes, Portugal situava-se abaixo daquela média.