Muitos óleos alimentares contêm um derivado do petróleo, o hexano, que tem efeitos nocivos para a saúde. O jornalista Guillaume Coudray revela como a busca pelo lucro contaminou gradualmente todo o abastecimento alimentar do planeta e avisa que “os produtos vegetarianos são particularmente abrangidos”.
Desde a pandemia, os preços dos alimentos aumentaram 33,5%. As frutas subiram 43,1%, a carne 38,4% e o pão e cereais 33,5%. A inflação na comida é bem superior do que na média de todos os produtos.
Um estudo recente analisa esta desigualdade promovida por algumas das maiores empresas mundiais. Para além disso, também se debruça sobre como a alimentação processada tornou a obesidade um fenómeno global em aceleramento, defendendo “mudanças fundamentais” no sistema alimentar global.
A transição para estas novas fontes de proteínas poderá ter um impacto tão profundo como a passagem da caça para a agricultura. Se for feita corretamente, poderá reduzir enormemente a procura de terras e de produtos químicos agrícolas.
Com a guerra na Ucrânia chegou a notícia da escassez de óleo vegetal a nível mundial. A dependência daquele país como principal fornecedor evidenciou a vulnerabilidade da cadeia de abastecimento global.
A desigualdade contemporânea revela-se na desigualdade alimentar. Uma viagem pela história da nutrição do Paleolítico à contemporaneidade ajuda a explicar as razões.
Estas indústrias implementam táticas para “maximizar lucros e minar a saúde pública”. A concentração “num pequeno número de multinacionais poderosas permite-lhes exercer um poder significativo” e “obstruir regulamentações de interesse público que poderiam afetar as suas margens de lucro” diz a OMS.
Uma análise a 243 alimentos de grandes marcas presentes no mercado francês mostra que 47% dos ingredientes não têm menção de origem e 22% uma origem vaga. A associação de defesa dos direitos dos consumidores diz que transparência sobre a origem dos alimentos é requisito prioritário porque tem impacto na saúde e ambiente.
A tendência de aumento dos preços dos bens alimentares essenciais continua. No cabaz da Deco, esta semana os preços que mais subiram foram os da pescada fresca, dos cereais e da perna de peru.
O cabaz alimentar básico sobe até ao valor mais alto de sempre, aumentando 20 euros numa semana, mais 63 do que no ano passado. Também aumentam rendas, eletricidade, telecomunicações e vários transportes públicos.
Um estudo da DGS concluiu que as crianças continuam a ser expostas a anúncios online de bebidas e alimentos não saudáveis, apesar de a lei o proibir desde 2019.