Um estudo realizado pela Deloitte registou que cerca de 69% dos portugueses não conseguem poupar dinheiro até ao final do mês e metade (51%) vive numa situação de precariedade financeira, não conseguindo enfrentar financeiramente uma despesa inesperada.
Os dados são da ConsumerSignals, base de dados da Deloitte Global, e a informação é referente a um universo de mil consumidores portugueses com mais de 18 anos. A informação reunida mensalmente pela plataforma tem também referência aos padrões de despesa dos consumidores em vários países.
A consultora adianta ainda que, segundo os seus dados, 83% dos portugueses inquiridos estão preocupados com a inflação e a crise de custo de vida. Mais de metade afirma ter comprado marcas brancas como forma de poupar na conta do supermercado.
A percentagem de inquiridos que sinaliza que consegue poupar dinheiro ao final do mês mantém-se nos 30% após ter caído em maio, sendo que a última conta “extraordinária” reportada por esta amostra populacional ronda os €40.
Nos 17 países sobre os quais a Deloitte recolhe dados, Portugal registou os valores mais altos, tanto na percentagem de pessoas que não consegue poupar dinheiro ao final do mês como na percentagem de pessoas que não consegue fazer face a despesas inesperadas por falta de poupanças.