Global Media

 "Podem tentar intimidar-nos com processos, insultar-nos nas redes e publicar mentiras, mas nunca nos vão calar", diz deputada do Bloco de Esquerda. 

Comissão de Transparência decidiu o não levantamento de imunidade da deputada no contexto de um processo movido pelo empresário de comunicação Luís Bernardo. Joana Mortágua diz que fez afirmações "para defender os interesses do país".

Por detrás dos grandes grupos de media em Portugal, há interesses financeiros e industriais. De Cristiano Ronaldo a Mário Ferreira ou Marco Galinha, este artigo traz à superfície as ligações entre esses interesses e os órgãos de comunicação social. 

Daniel Moura Borges

O Sindicato dos Jornalistas diz ser uma “situação desumana, que está a deixar pessoas à fome, que está a corroer a vida de dezenas de jornalistas” instando a administração a demitir-se caso não encontre soluções.

Os trabalhadores da TSF emitiram um comunicado onde repudiam vivamente as declarações de Marco Galinha que consideram ser de “extrema gravidade”. O ex-acionista maioritário afirmou que a greve de setembro foi fomentada pelo Bloco de Esquerda. 

A cabeça de lista do Bloco pelo círculo do Porto solidarizou-se com a luta dos trabalhadores da Global Media, criticou o lançamento sem preparação da rede de transportes metropolitana e diz que o lugar da AD é na oposição.

Órgão alerta que a suspensão de “todas as prestações de serviço” a partir desta segunda-feira, ordenada pela Comissão Executiva do Global Media Group, significa “calar todos os colaboradores do JN, de Norte a Sul do País, da Cultura ao Desporto”. Jornalistas do grupo fazem greve a 10 de janeiro.

A administração do Global Media Group mandou suspender todos os programas com participação de colaboradores externos, incluindo espaços de opinião, análise e debate político. Jornalistas falam num "processo de autodestruição" da rádio.

Estruturas sindicais explicam que esta é uma forma “de dar voz ao enorme descontentamento dos trabalhadores” do grupo “em face do anunciado despedimento de 150 pessoas” e anunciam que vão participar à Autoridade para as Condições do Trabalho a falta de pagamento do subsídio de Natal.

A razão apontada para a saída é a viabilidade do projeto estar ameaçada pela nova redução do número de trabalhadores. O CEO do Global Media Group confirma o objetivo de afastar entre 150 a 200 trabalhadores, incluindo 40 do JN e 30 da TSF.

O Sindicato dos Jornalistas convida todos os profissionais da Comunicação Social em Portugal a parar durante uma hora, um mês depois da greve do JN, num “abraço solidário” com a sua luta.

É a primeira vez, em 135 anos, que os leitores não têm acesso ao JN dois dias seguidos, na sequência da greve contra o despedimento coletivo, o atraso no pagamento de salários e as más condições de trabalho na nova sede. Bloco acompanha luta dos trabalhadores e interpela Governo.

A paralisação de 48 horas dos trabalhadores do jornal começou em força. Em causa estão o despedimento coletivo de entre 150 a 200 trabalhadores do Global Media Group, salários em atraso e as condições de trabalho na nova sede do JN. Em comunicado, a administração diz que quer evitar "a mais do que previsível falência do grupo".

A intenção anunciada do Global Media Group de despedir centena e meia de trabalhadores devia merecer "resposta célere" do Governo, defendem os deputados bloquistas. Reforço do Estado no capital da Lusa tinha apoio de uma "amplíssima maioria" parlamentar, diz José Soeiro.