Cabo Delgado

Moçambique

Em 2021, o exército moçambicano matou dezenas de pessoas nas instalações da petrolífera Total em Cabo Delgado. Com votos contra de PSD, CDS e Chega, o parlamento português recusou um voto de condenação ao sucedido.

Violência voltou a escalar na província moçambicana. Populações são alvo de ataques dos insurgentes, mas também das forças militares no terreno, treinadas pela missão europeia liderada por Portugal. Governo de Nyusi aparenta só ter um interesse: proteger projetos da Exxon Mobil e TotalEnergies.

Sessão com Mariana Carneiro subordinada ao tema "O que está a acontecer em Cabo Delgado?", no Fórum Socialismo 2021, que decorreu em Braga, no dia 28 de agosto, e em Almada, no dia 29 de agosto. 

porMariana Carneiro

Projeto multimilionário da Total contrasta com a pobreza extrema na província. O combate à insurgência tem uma prioridade: defender os negócios da multinacional, seja financiando as forças ruandesas do criminoso Kabandana ou contratando mercenários. Por Mariana Carneiro.

porMariana Carneiro

Augusto Santos Silva afirmou que não podia deixar passar em claro as declarações do Bloco sobre Cabo Delgado. O que não podemos deixar passar, senhor ministro, é os interesses económicos se sobreporem aos direitos humanos e a comunidade internacional continuar a assobiar para o lado.

porAlexandre Abreu

As explicações mais comuns do conflito em Cabo Delgado não fazem justiça à articulação de motivações e interesses que lhe está subjacente.

porAndreia Baptista

A atenção internacional só foi captada a partir do momento em que se verificaram lesados estrangeiros - sete mortos no ataque terrorista em Palma, levando-nos a questionar se há preocupação com as vidas moçambicanas quando não se colocam questões de conflito geopolítico.

porAlexandra Vieira

O que está a suceder, no momento atual, na província do norte de Moçambique de Cabo Delgado, ou Cabo Esquecido como alguns já o referem, pode ser visto como um dos exemplos de tudo o que representou a colonização e a pós-descolonização.