Islândia: 3 maiores bancos nacionalizados em 3 dias

09 de outubro 2008 - 13:19
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As intervenções governamentais sucedem-se em todo o mundoO governo da Islândia anunciou esta quinta feira a nacionalização do banco Kaupthing, o maior do país, depois de ter feito o mesmo com os bancos Lansbanki e Glitnir, o segundo e terceiro maiores, nos dias anteriores. A hipótese de nacionalização de alguns bancos também está a ser colocada nos Estados Unidos, para responder à crise financeira. Hugo Chavez pede a dissolução do FMI, considerado a entidade como uma das grandes responsáveis pela crise.

 

Em três dias, o governo islandês nacionalizou os três maiores bancos do país. Depois do Lansbanski e do Glitnir, esta quinta feira foi nacionalizado o maior banco, o Kaupthing. Segundo um comunicado da entidade de supervisão bancária da Islândia, trata-se de "um primeiro passo necessário para alcançar os objectivos definidos pelo governo e assegurar um bom funcionamento do sector bancário".



Segundo o presidente do Banco, a situação financeira da instituição degradou-se nas últimas duas semana, em consequência de problemas com uma sua filial a operar no Reino Unido. Por seu lado, Gordon Brown anunciou que assumirá "medidas legais contra as autoridades islandesas para recuperar o dinheiro perdido" pelos britânicos com depósitos naquela entidade.



Nos Estados Unidos, a nacionalização parcial de alguns bancos também começou a ser equacionada, depois de se verificar que a aquisição de "activos tóxicos" definida no Plano Paulson não está a ter os efeitos desejados. No Japão, o governo anunciou uma injecção de 15 mil milhões de euros no mercado financeiro, enquanto os bancos espanhóis pedem a Zapatero uma injecção de cem mil milhões.



Em discurso no Forum "Respostas do Sul à Crise Económica Mundial", Hugo Chavez acusou o FMI de ser o responsável pela actual arquitectura financeira internacional e apelou à dissolução do organismo.