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Sindicatos exigem ao Governo que assegure transportes necessários

A Fectrans contraria as declarações do primeiro-ministro de que não existem problemas nos transportes na região de Lisboa e defende que o Governo não pode ser apenas um mero pagador que não tem em conta a prestação efetiva dos serviços à população.
Scotturb
Scotturb. Foto Wikimedia Commons.

Perante as afirmações de António Costa, que assinalou na passada sexta-feira não existirem problemas nos transportes públicos na região de Lisboa, com exceção do comboio das 06h36 da linha de Sintra, a Federação dos Sindicatos dos Transportes (Fectrans) encaminhou uma carta aberta ao governante em que a afirma que as declarações do primeiro-ministro só podem “revelar má informação sobre o assunto”.

A estrutura sindical lembra que, recentemente, a Comissão Sindical do STRUP/FECTRANS na Scotturb “relatou a diversas entidades a situação em que aquela empresa opera, relatando sobrelotação de autocarros, situação que aconteceu mesmo durante o Estado de Emergência”.

De acordo com a Fectrans, as empresas, que continuam a receber apoios do Estado, mantêm milhares de trabalhadores em lay-off e centenas de autocarros imobilizados, transferindo para o erário público “os encargos com os trabalhadores, que viram substancialmente reduzidos os seus salários”.

“O Governo Português não pode ser apenas um mero pagador, que não tem em conta a prestação efectiva dos serviços que estas empresas deviam prestar à população”, defende a Federação dos Sindicatos dos Transportes, frisando que o Governo deve determinar “a obrigatoriedade das empresas do sector rodoviário de passageiros, cessem as situações de lay-off, retomem a actividade normal e ocupem a totalidade dos trabalhadores, a quem deve ser pago os salários por inteiro e sem perda de direitos”.

“O governo tem que intervir, para que os portugueses tenham o transporte necessário, dentro das normas de 2/3 de lotação, tem que obrigatoriamente fiscalizar o cumprimento de todas as medidas que legislou, de um modo particular as situações de “lay-off”, em defesa dos interesses do País", lê-se na missiva.

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