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Sindicato denuncia "assédio moral” na fábrica da Leica

O Sindicato das Indústrias Transformadoras do Norte (SITE Norte) acusa os responsáveis da fábrica de Lousado da multinacional alemã Leica de “atitudes que podem perfeitamente encaixar no crime de assédio moral”.
Em comunicado, o sindicato acusa ainda a administração da Leica de levar a cabo uma política de gestão “assente na desvalorização dos salários de trabalhadores qualificados e na discriminação salarial entre trabalhadores”.
O sindicato convoca uma manifestação para esta quinta feira, com o objetivo de reivindicar o aumento salarial mínimo de 90€ para todos os trabalhadores, o fim das discriminações salariais e valorização das categorias profissionais, o fim do que qualificam de “política de assédio moral” e pela aplicação dos direitos constantes no contrato coletivo de trabalho subscrito pela Fiequimetal e pela valorização da Contratação Coletiva.
O documento disponível no portal do SITE Norte esclarece que sempre que um trabalhador “procura combater as injustiças de que é alvo, junto do sindicato ou até mesmo junto de outras instâncias”, os funcionários com mais altas responsabilidades na empresa começam a “diminuir e denegrir trabalhadores”.
“O assédio tem sobretudo a ver com a linguagem com que alguns funcionários com elevado grau de responsabilidade na empresa se referem a esses trabalhadores, tentando fazer passar a ideia de que são incompetentes, incapazes e inúteis”, explicou Joaquim Costa, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE Norte), à agência Lusa.
O sindicato acusa ainda a empresa situada em Vila Nova de Famalicão de seguir uma política de desvalorização dos salários de trabalhadores qualificados e de discriminação salarial, “havendo trabalhadores a desempenhar as mesmas funções com diferenças salariais superiores a 100 euros”.
Paralelamente, o SITE Norte diz que a Leica “tem colocado constantemente em causa as liberdades sindicais, através das tentativas de condicionamento do exercício da atividade sindical no interior da empresa, numa clara atitude antidemocrática e perseguidora junto de dirigentes e delegados sindicais que dia após dia apenas procuram esclarecer e ser a voz representativa de todos os trabalhadores em geral e dos trabalhadores sindicalizados em particular”.
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