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Sindicato acusa Super Bock de chantagear trabalhadores
O SINTAB afirma que vários trabalhadores têm afirmado estar a ser vítimas de abordagem direta, quer das suas chefias, quer de altos quadros do departamento de recursos humanos, ameaçando-os com o corte integral do subsídio de escala previsto nos acordos de laboração contínua recentemente assinados entre a empresa e os trabalhadores.
Em causa está uma cláusula do acordo de laboração contínua que, tanto a Comissão de Trabalhadores como o SINTAB, consideram “abusiva e inadmissível” visto implicar a ausência de quaisquer ações de luta durante a sua vigência.
O SINTAB considera que “a inscrição de qualquer cláusula, em qualquer acordo, que retire aos trabalhadores o direito de lutar pela melhoria dos seus direitos, salários, e condições de trabalho, além de obscena e ilegal, representa uma aberração social que devia envergonhar os seus responsáveis”.
Recorde-se que a greve agora convocada advém da indisponibilidade da empresa para assegurar aumentos salariais em 2021, coerentes com a distribuição de lucros pelos acionistas, nada tendo a ver com a laboração contínua.
“Estas atitudes solidificam as denúncias que o SINTAB tem vindo fazer relativamente à crescente predisposição da administração da Super Bock para o confronto com os trabalhadores e os seus representantes, abdicando da procura de soluções consensuais e equilibradas. É também, a verificar-se a aplicação desta chantagem, mais um acordo que os altos responsáveis da Super Bock assinam com os trabalhadores para depois não cumprir, conforme aquele que foi firmado sob a chancela do Ministério do Trabalho, para integração de trabalhadores com vínculos precários, e rasgado poucos meses depois”, conclui o comunicado do SINTAB.
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