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Sindicato acusa Super Bock de chantagear trabalhadores

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB) afirma que a Super Bock está a chantagear os trabalhadores para não aderirem à greve convocada para os dias 5, 6, 7, 8, 9 e 10 de agosto, ameaçando-os com o corte de 30% do salário.
Sindicato acusa Super Bock de chantagear trabalhadores. Fotografia: Facebook da Comissão de Trabalhadores da Super Bock

O SINTAB afirma que vários trabalhadores têm afirmado estar a ser vítimas de abordagem direta, quer das suas chefias, quer de altos quadros do departamento de recursos humanos, ameaçando-os com o corte integral do subsídio de escala previsto nos acordos de laboração contínua recentemente assinados entre a empresa e os trabalhadores.

Em causa está uma cláusula do acordo de laboração contínua que, tanto a Comissão de Trabalhadores como o SINTAB, consideram “abusiva e inadmissível” visto implicar a ausência de quaisquer ações de luta durante a sua vigência. 

O SINTAB considera que “a inscrição de qualquer cláusula, em qualquer acordo, que retire aos trabalhadores o direito de lutar pela melhoria dos seus direitos, salários, e condições de trabalho, além de obscena e ilegal, representa uma aberração social que devia envergonhar os seus responsáveis”. 

Recorde-se que a greve agora convocada advém da indisponibilidade da empresa para assegurar aumentos salariais em 2021, coerentes com a distribuição de lucros pelos acionistas, nada tendo a ver com a laboração contínua.

“Estas atitudes solidificam as denúncias que o SINTAB tem vindo fazer relativamente à crescente predisposição da administração da Super Bock para o confronto com os trabalhadores e os seus representantes, abdicando da procura de soluções consensuais e equilibradas. É também, a verificar-se a aplicação desta chantagem, mais um acordo que os altos responsáveis da Super Bock assinam com os trabalhadores para depois não cumprir, conforme aquele que foi firmado sob a chancela do Ministério do Trabalho, para integração de trabalhadores com vínculos precários, e rasgado poucos meses depois”, conclui o comunicado do SINTAB. 
 

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