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Perto de 80% dos jovens já assistiram a bullying homo-bi-transfóbico

Os números foram recolhidos pela associação Ex Aequo num inquérito a 1.070 jovens. 86% considera importante abordar questões LGBTI na escola.
67% dos docentes consideram necessário garantir formação sobre o assunto e 30% admitiu não se sentir capaz de reagir a situações de discriminação homo-bi-transfóbica.
67% dos docentes consideram necessário garantir formação sobre o assunto e 30% admitiu não se sentir capaz de reagir a situações de discriminação homo-bi-transfóbica. Foto Paulete Matos, esquerda.net

A rede Ex Aequo revelou esta terça-feira os dados do Relatório do Projeto Educação LGBTI 2019, construído com base em 162 sessões de esclarecimento realizadas em escolas básicas, secundárias, universidades e outros contextos.

Das 1.070 respostas recolhidas no inquérito, 79% dos jovens já assistiu a episódios de bullying homo-bi-transfóbico e 86% considera importante abordar as questões LGBTI+ na escola.

Deste grupo, 68% revelam que o tema é muito raramente abordado na escola, e apenas 1% disse não achar importante as questões LGBTI serem abordadas em aula.  

“Comparando os dados com os dados do relatório anterior, algumas diferenças prendem-se com o aumento significativo de relatos de episódios homo-bi-transfóbicos por alunos/as, assim como maior reconhecimento da necessidade de abordar esta temática nas escolas”, refere a Ex Aequo.

Da parte dos docentes e não docentes dos estabelecimentos de ensino, 96% considera que as sessões de esclarecimento ajudam a diminuir as situações de discriminação e 52% que o sistema educativo não é inclusivo relativamente a questões LGBTI.

Uma maioria de 67% considera necessário garantir formação sobre o assunto e 30% admitiu não se sentir capaz de reagir a situações de discriminação homo-bi-transfóbica.

A associação considerou que estes dados “demonstram a importância da intervenção do Projeto Educação LGBTI nas escolas como uma componente da educação para a cidadania e educação para a sexualidade”, uma vez que refletem “uma falta de preparação sentida por parte de docentes”.

“As respostas indicam uma grande incidência de situações de discriminação homo-bi-trans-interfóbica em contexto escolar, uma abordagem insuficiente de assuntos LGBTI em aula e uma vontade por parte do corpo estudantil para que esta aconteça”, concluem.

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