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Caravana Global pela Justiça Climática vai percorrer Portugal em abril

Mais de uma dezena de organizações nacionais e locais já se juntaram à preparação da caravana. Percurso passará pelas comunidades que estão mais expostas às consequências da crise climática.
Percurso da Caravana Global pela Justiça Climática em Portugal.

Num percurso de cerca de 400 quilómetros, a Caravana Global pela Justiça Climática vai percorrer o país para chamar a atenção para as consequências das alterações climáticas que já se vivem no nosso país. O ponto de partida será o complexo industrial da Figueira da Foz, um dos pólos da principal empresa emissora do país, The Navigator Company.

Segundo o comunicado dos organizadores, a Caravana avançará para o interior do país, passando por Pedrógão Grande e Oleiros, onde se registaram os incêndios mais graves dos últimos anos, pela Celtejo, uma das vinte infraestruturas mais emissoras do país, a Central Termoeléctrica do Pego, encerrada em Novembro de 2021 sem garantir condições necessárias para uma transição justa para os trabalhadores, e a fábrica de produção de cimento mais emissora do país, o Centro de Produção de Alhandra, da CIMPOR.

Descendo pelo rio Tejo, a Caravana vai denunciar “a ausência de uma política capaz de impor a descarga de caudais ecológicos à IBERDROLA na barragem de Cedillo e à EDP nas barragens de Fratel e Belver”. Os locais onde se pretendem construir mais açudes e barragens também fazem parte do itinerário, que pretende igualmente testemunhar “as más práticas agrícolas que conduzem à destruição da biodiversidade e à forte emissão de gases, assim como à poluição que entra no Tejo vinda de Espanha”.

Esta caravana faz parte de uma iniciativa internacional que também terá lugar em pelo menos mais cinco países - Uganda, Honduras, Turquia, Nigéria e Bolívia. O objetivo é transformar esta caravana “num momento histórico que, através da força das populações, se insurja contra a irresponsabilidade, a impunidade, a manipulação e a ganância de um sistema capitalista, responsável pela degradação dos ciclos ecológicos que sustentam a vida e que são sustentados por ela”.

Em Portugal já aderiram a esta Caravana Global pela Justiça Climática as associações Acréscimo, APAEPG - Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos do AE de Pedrógão Grande, AVIPG - Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, Basta! - de crimes ambientais, Casa de Pedrógão Grande, Climáximo, Colinas do Tejo, EcoCartaxo, Greve Climática Estudantil Lisboa, MIA - Movimento Ibérico Antinuclear, Movimento Ambientalista Vale de Santarém, Movimento Cívico Ar Puro, MUNN - Urânio em Nisa Não e ProTEJO - Movimento pelo Tejo.

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