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Buscas na Nova, Bacelar Gouveia constituído arguido
É um desenvolvimento no processo Tutti-Frutti, iniciado em 2017 e que envolvia figuras do PSD e do PS em crimes de corrupção e tráfico de influência. Jorge Bacelar Gouveia, ex-deputado do PSD e professor na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, foi constituído arguido. A acusação contra si é que teria atribuído doutoramentos a alunos dos PALOP a troco de contrapartidas.
A Nova confirma as buscas nas suas instalações, diz-se em comunicado “totalmente disponível para colaborar com as autoridades no apuramento da verdade", constituiu-se assistente do processo e instaurou um processo disciplinar ao docente. Aliás, a Universidade esclarece mesmo que não é a primeira vez que o faz, uma vez que “nos últimos dois anos, algumas situações levantaram dúvidas sobre a conduta do professor Jorge Bacelar Gouveia. Em duas ocasiões, chegou, inclusivamente, a avançar com participações disciplinares por violação dos deveres de informação, de zelo, de lealdade e de correção. Contudo, jamais foi considerada a possibilidade de ter praticado atos suspeitos de constituir crime".
Bacelar Gouveia era Presidente do Conselho Científico da Faculdade de Direito e foi também afastado deste cargo por decisão unânime dos seus membros.
O caso surgiu lateralmente ao processo principal do Tutti-Frutti. Bacelar Gouveia foi escutado em conversa com outro ex-deputado do PSD, Sérgio Azevedo, seu aluno, que estava a ser investigado naquele processo.
Em outubro, Bacelar Gouveia foi o único candidato graduado como jurista de mérito no concurso de acesso ao Supremo Tribunal de Justiça. Desta forma, caso haja alguma vaga na instituição seria o primeiro a ocupá-la.
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