Rafael Pereira

Rafael Pereira

Estudante de sociologia deslocado para Coimbra e ativista interseccional

Se para alguns o Natal representa uma comunhão cheia de histórias engraçadas e de pequenas grandes desavenças durante o jantar de consoada, para outros é sinónimo de isolamento, bullying e exclusão. As pessoas queer, racializadas e/ou migrantes são dos mais fáceis alvos destes sentimentos.

A aposta na Inteligência Artificial “Amália" é uma decisão política que nos obriga a refletir sobre a sua necessidade, precisamente por colocar em causa todo o potencial científico dos jovens investigadores, muitos deles já no estrangeiro.

O que o Governo pretende até 2027 é eliminar a vertente competitiva da RTP, abdicando da produção de conteúdo da RTP como hoje conhecemos para que os dois outros canais generalistas (SIC e TVI) possam absorver as audiências, as receitas e a sua posição comercial.

Começámos este mês de setembro com uma inconfidência chocante por parte do Executivo: o desejo de incluir no Orçamento de Estado propostas para o descongelamento das propinas. O Primeiro-Ministro fala em repugnância pelo abandono escolar universitário num dia, e aumenta as barreiras de acesso no outro.

Tornemo-nos mais exigentes na forma como passamos a mensagem de um mundo melhor, com amor e com respeito, e que agosto sirva para pensar em como construir esse mundo.

Nenhuma pessoa no mundo é ilegal, ao contrário do que as nossas instituições e mesmo algumas figuras políticas muito próximas nos fazem parecer. Todos os seres humanos merecem condições dignas para viver e têm o direito de procurar uma vida melhor em qualquer lugar do mundo.

Faltam poucos dias para a exibição da 73a edição do mais famoso festival musical europeu. Ao permitir a participação de Israel na Eurovisão, após anos de sucessivos bombardeamentos e ocupações ilegais, os países europeus parecem aceitar tacitamente o massacre constante do povo palestino.

A missão do programa Revive acaba por subverter aquilo que se espera do próprio património público. É esperado destes programas uma atração especial para fundos de investimento e grandes empresários levarem a cabo enormes investimentos imobiliários e hoteleiros de luxo.

Portugal pede por uma mudança daquilo que é a gestão do ensino superior público, garantindo o acesso igual a todos e a sua não mercantilização. Pede também por mais financiamento e um melhor processo de atribuição de bolsas de investigação.

Na última semana vimos o revelar de mais um dos inúmeros obstáculos colocados pela DGES no momento do pedido de atribuição de uma bolsa de estudos: uma alteração ao regulamento de atribuição das bolsas que prevê a exclusão de milhares de alunos.