Miguel Martins

Sociólogo. Mestrando em Geografia na Universidade do Minho. Deputado municipal do Bloco de Esquerda em Barcelos

Os próximos episódios dirão quem aprovará o OE da direita, com o desenrolar de duas visões opostas e inconciliáveis: a contradição do PS ou a normalização do CH. No fim, quem perde são os portugueses.

Todos os anos, os incêndios florestais alastram pelo país, consumindo terrenos e habitações como se fosse regra. Com um eucaliptal continuamente desregulado, os interesses financeiros e os efeitos das alterações climáticas, este caldo está pronto e apenas se irá agravar.

Como dizia Brecht, a arte não é um mero espelho da realidade, mas sim um martelo que a muda e transforma. Há que dinamizar a produção cultural e artística em Barcelos, caso contrário iremos perder, a longo prazo, parte da nossa identidade coletiva.

A liberdade é uma constante em contínua construção e a luta uma ferramenta imprescindível nesse processo. No próximo dia 13, é precisamente isso que acontece em Barcelos, com a comunidade LGBT+ a voltar a sair à rua em Barcelos. Estamos todas e todos convocados para estar presentes.

É fundamental promover uma política verdadeiramente socialista que responda aos problemas e necessidades do povo, tanto em Portugal como na UE. Uma alternativa que construa uma Europa de futuro para todas as pessoas.

Israel nunca quis qualquer cessar-fogo ou trégua – Netanyahu preparou o ataque a Rafah com a cumplicidade e armas dos EUA e de países europeus, em que Portugal está incluído. Perante os olhos de todo o mundo, inocentes morrem, quem protesta é reprimido e o genocídio praticado por Israel continua.

O 25 de Abril abriu as portas da transformação e inspirou todo um povo a que se libertasse do fascismo. Hoje, temos de continuar o processo iniciado em 1974, defendendo a liberdade, sabendo que a construção de um outro mundo, de iguais, é possível.

Ao invés de apresentar um plano concreto e que dê respostas a estas questões, a Câmara Municipal de Barcelos limita-se a copiar propostas de outros municípios, apresentando medidas a conta-gotas que apenas retiram dinheiro aos contribuintes e de nada servem para mudar a situação.

Foram 48 anos de ditadura e, no ano em que se assinalam 50 anos do 25 de Abril, há um deputado fascista por cada ano do regime que querem trazer de volta. Ainda assim, não iremos baixar os braços.

Se queremos políticas justas e solidárias, que de facto sirvam os interesses da maioria da população, não podemos ficar em casa. A luta por um país melhor, pela transformação da realidade em que vivemos, passa por cada uma e cada um de nós.