Mariana Aiveca

Mariana Aiveca

Dirigente do Bloco de Esquerda, funcionária pública.

O mais espantoso é que não é qualquer partido da oposição a fazer essa leitura (empobrecer o país e os portugueses), mas o próprio primeiro-ministro a anunciá-lo como fez ontem em que afirmou que é esta a sua resposta para a crise.

Que não nos diga nenhum governo hoje, em 2011 que, é em nome da competitividade das empresas que se tem que aumentar a jornada de trabalho. (1880 horas anuais é a média em Portugal contra 1550 h na Alemanha).

Numa economia onde a única coisa que cresce é a desconfiança, as medidas de austeridade vão agravar ainda mais os indicadores agora divulgados pelo INE e Banco de Portugal.

Esconder a realidade da vida cheia de dificuldades que se avizinha não é só curioso e estrambólico é regredir dezenas de anos.

Alguém que lidera o Partido que conjuntamente com o PS aprovou todos os PECs e Orçamentos do Estado vem dizer-nos, e logo no dia do Trabalhador, que se apresenta de cara lavada?

A exigência de dignidade na vida e no trabalho dos mais de 300 mil que saíram à rua no passado dia 12 de Março foi levada ao parlamento com um projecto de resolução que propunha medidas concretas de combate à precariedade e aos falsos recibos verdes.

As vozes que gritaram “País precário saiu do armário” convocam-nos para a exigência de, neste parlamento, se sair do aparente consenso na crítica à precariedade laboral e passar à tomada de medidas concretas.

A par da luta contra a violência, o direito ao trabalho e à independência económica devem estar no centro das reivindicações das mulheres neste dia 8 de Março de 2011.

Apesar da propaganda, é patente que o governo não tem conseguido apresentar nenhuns resultados no combate ao desemprego.

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Entrega no TC do pedido da fiscalização sucessiva dos cortes salariais; projectos de lei para limitar as remunerações dos gestores públicos; debate quinzenal com o primeiro-ministro.