Voto no Bloco garante "um projeto de liberdade para todas as mulheres

08 de março 2024 - 19:20

Na manifestação feminista do 8 de Março em Lisboa, Mariana Mortágua afirmou ter esperança e confiança de que as mulheres portuguesas, como aconteceu noutros países, serão uma barreira contra a extrema-direita.

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Manifestação feminista do 8 de Março em Lisboa.
Manifestação feminista do 8 de Março em Lisboa. Foto Esquerda.net

No arranque da manifestação feminista do 8 de Março em Lisboa (ver fotogaleria), Mariana Mortágua disse aos jornalistas que o próximo domingo "será um dia de esperança, de construção de um projeto de liberdade para todas as mulheres e todas as pessoas em Portugal". Acrescentou que "esse projeto de liberdade é o Bloco de Esquerda" e que só a força do Bloco na votação de dia 10 garante que "não há nenhum direito que vá retroceder" a seguir às eleições.

"Tenho toda a confiança de que depois da maioria absoluta as pessoas vão votar por convicção, em quem acreditam. Vão votar com garra e determinação em quem defende as propostas com as quais concordam. No partido que quer resolver a crise na habitação, que tem um projeto para o SNS, para a escola pública, para o salário", prosseguiu a coordenadora bloquista no último dia da campanha eleitoral.

Mariana Mortágua lembrou ainda que "em todos os países, as mulheres mostraram ser uma barreira contra a extrema-direita, contra o machismo e o conservadorismo" e por isso afirma que "tenho toda a esperança e toda a confiança que as mulheres vão fazer ouvir a sua voz, não só hoje como nestas eleições, vão votar como mulheres, e isso quer dizer votar num projeto de igualdade e esperança para Portugal".

Contra a discriminação, por um Serviço Nacional de Cuidados

"Venho a esta manifestação como venho todos os anos. Sei que ela este ano é muito importante. Quando a direita quer retroceder e quer o regresso das mulheres a casa, nós estamos aqui para afirmar que o espaço das mulheres é a rua, é o projeto de liberdade e igualdade para Portugal", prosseguiu Mariana Mortágua.

Para a coordenadora do Bloco, esta é uma luta "que se faz todos os dias, não se faz só no Dia da Mulher. Faz-se lembrando a discriminação, a diferença salarial, reconhecendo o trabalho das mulheres nos cuidados e em tantas esferas da sociedade, não aceitando nenhum retrocesso. Estamos cá para isso".

Na véspera, no comício no Porto, Mariana Mortágua tinha chamado a atenção para a discriminação salarial das mulheres, considerando-o o "maior lucro extraordinário" que tira todos os anos 7 mil milhões de euros em horas de trabalho não pago. Para impor a igualdade salarial que está na lei, defende que é necessária "mais fiscalização para ter igualdade salarial nas empresas". E acrescenta que é preciso também que o Estado Social intervenha, com a criação de um Serviço Nacional de Cuidados "que garanta que há creches e cuidados para os idosos, pois esse não pode ser um fardo só das mulheres".

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