A vereação do Bloco de Esquerda na Câmara Municipal de Lisboa posicionou-se contra a proposta de financiamento apresentada por Carlos Moedas que dá dezenas de milhares de euros à associação Variações para organizar o Europride. Em causa está o ex-presidente da associação mas também o facto de o processo ter sido feito “de costas voltadas” para as associações LGBTI+.
Em comunicado de imprensa, o gabinete da vereação do Bloco de Esquerda na Câmara Municipal de Lisboa explica que votou favoravelmente uma saudação ao Europride numa reunião anterior, mas que “foi forçado a votar contra este apoio à Variações”.
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“A Variações era presidida até recentemente pelo Sr. Diogo Vieira da Silva que está a ser investigado por desvio de dinheiro, abuso de confiança e burla da própria Variações”, lê-se no comunicado, que descreve ainda como Vieira da Silva foi nomeado pelo próprio Presidente da Câmara Municipal como comissário do Europride. Depois de as suas ações terem sido denunciadas na comunicação social, o ex-presidente da associação acabou por ser removido do cargo.
Por outro lado, o Bloco de Esquerda denuncia que as associações LGBTI+ que trouxeram o Europride a Portugal “afastaram-se da sua organização porque o processo foi feito de costas voltadas para as associações, tendo mesmo denunciado o aproveitamento político e pinkwashing da iniciativa”.
É ainda denunciada a falta de apoio à Marcha do Orgulho de Lisboa e à Festa da Diversidade por parte da Câmara Municipal de Lisboa, o que contrasta com as dezenas de milhares de euros que Carlos Moedas quer dar à associação Variações. “O executivo de Carlos Moedas virou as costas às pessoas LGBTI+ e isso é notório com a saída de todas as associações da organização do Europride”, denuncia o partido.
