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Verão na Europa é o mais quente desde que há registos

Temperaturas médias bateram o recorde fixado em 2021, com mais 0,4°C, anunciou o sistema de vigilância Copernicus.
Variação da temperatura em agosto de 2022 face à média 1991-2020. Imagem Copernicus Climate Change Service/ECMWF

O serviço sobre as mudanças climáticas do Programa de Observação da Terra da União Europeia (UE) Copernicus apresentou esta quinta-feira os dados das temperaturas médias em agosto.

Este mês teve uma temperatura média 1,72°C acima da média entre 1991 e 2020 e 0,8° C acima do anterior agosto mais quente, o de 2018. Se em 2003 e 2010 houve temperaturas extremas em relação à média nalguns locais da Europa, 2022 assistiu a "altas temperaturas pouco habituais e espalhadas por todo o continente".

As temperaturas mais acima da média registaram-se no extremo leste do continente, entre os mares de Barents e Kara e a região do Cáucaso. Em Portugal e na Europa Ocidental, as temeraturas foram altas em geral, mas não tanto como no início deste verão ou nos meses de agosto de 2003 ou 2021.

Em conjunto, as leituras da temperatura média do verão europeu, entre junho e agosto, registaram mais 1,34°C do que a média 1991-2020 e 0,4°C acima do verão mais quente, que foi o do ano passado. Segundo o Copernicus, o mesmo aconteceu no leste da China, que juntamente com a Europa são as uas regiões do hemisfério norte com maiores anomalias face aos anos anteriores.

"Uma intensa série de ondas de calor em toda a Europa, combinadas com condições excecionalmente secas, levaram a um verão de extremos, com recordes em termos de temperatura, seca e incêndios florestais em muitas partes da Europa" explicou Freja Vamborg, diretora científica do sistema de vigilância sobre mudança climática, citada pelo Diário de Notícias.

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