Foram publicados esta quarta-feira, no Portal da Violência Doméstica, os Indicadores Estatísticos relativos aos crimes cometidos em contexto de violência doméstica e homicídios voluntários em contexto de violência doméstica, respeitantes ao período de abril a junho de 2023.
Tendo em conta o total dos seis primeiros meses do ano, PSP e GNR registaram 14.863 queixas relacionadas com violência doméstica, mais 490 do que em igual período de 2022, o que equivale a uma média de 82 queixas por dia. É o valor mais alto dos últimos quatro anos.
Neste primeiro semestre foram contabilizadas 12 mortes em contexto de violência doméstica, menos cinco do que no mesmo período do ano passado. Entre as vítimas figuram 10 mulheres, uma criança e um homem.
A CIG assinala que, no final de junho, estavam detidos por crime de violência doméstica 1.310 pessoas, 324 das quais em prisão preventiva e 986 em prisão efetiva. E 1.159 arguidos estavam a cumprir medidas de coação, 892 dos quais em vigilância eletrónica, um acréscimo de 103 face a igual período de 2022. No final do primeiro trimestre, 2.438 pessoas estavam integradas em programas para agressores, 189 dos quais em meio prisional e 2.249 na comunidade.
A Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica registava 1.459 acolhimentos em junho: 740 mulheres, 693 crianças e 17 homens.