Presidenciais

“Precisamos de uma nova geração de políticas para travar a violência contra as mulheres”

25 de novembro 2025 - 21:51

Catarina Martins esteve na marcha pelo fim da violência contra as mulheres e defendeu que “o dia que a República tem de comemorar no 25 de novembro é o Dia pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres”.

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Catarina Martins na Marcha pelo fim da violência contra as mulheres
Catarina Martins na Marcha pelo fim da violência contra as mulheres. Foto de José Sena Goulão/Lusa

Centenas de pessoas juntaram-se em Lisboa ao final da tarde de sexta-feira na marcha pelo fim da violência contra as mulheres, organizada por várias associações feministas para lembrar que “a violência doméstica continua a ser o crime que mais mata em Portugal” e que a ausência de políticas eficazes para responder à crise na habitação e a precariedade laboral “deixa as mulheres dependentes do agressor, sem forma de escapar”.

Presente na marcha, Catarina Martins defendeu que “o dia que a República tem de comemorar no 25 de novembro é o Dia pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres. Porque este é o compromisso que nós precisamos enquanto República”.

“Até agora já foram assassinadas este ano 24 mulheres, 21 em contexto de violência doméstica. Há mais de 25 mil queixas”, recordou Catarina, para provar a necessidade de “uma nova geração de políticas para travar a violência contra as mulheres”.

“Fizemos avanços muito importantes, como a lei da violência como crime público, entre outras. Falta muita formação a magistrados e forças de segurança e também muitos meios para que a lei seja efetiva”, prosseguiu a candidatata presidencial.

Como exemplo dessas novas políticas “capazes de prevenir a violência contra as mulheres e educar para a igualdade, Catarina apontou que “é possível ter uma outra ação na educação em todos os níveis de ensino, é preciso ter uma exigência social muito maior contra o discurso que acaba por prolongar as situações de violência e de ódio. E no espaço público, que vai desta praça aos órgãos de comunicação social e às redes sociais, fazer uma condenação firme do discurso misógino”, concluiu a candidata.