Trump interessado em comprar a Gronelândia

16 de agosto 2019 - 15:11

De acordo com a imprensa internacional, a possibilidade já foi mencionada várias vezes. Trump demonstrou interesse nos recursos naturais e na importância geopolítica do território.

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De acordo com o Wall Street Journal e o Washington Post, duas fontes próximas de Trump informaram que o mesmo pediu aos seus assessores que averiguassem se era possível comprar a Gronelândia. Nenhum dos jornais revelou os nomes de quem divulgou a informação, esclarecendo que estes falaram sob anonimato por não estarem autorizados a revelar os planos da Casa Branca.

O Washington Post afirma ainda que o pedido foi recebido com surpresa por parte dos assistentes de Trump, que ainda não sabem se é um pedido sério. As mesmas fontes dizem ainda que não é a primeira vez que o presidente norte-americano menciona essa possibilidade, já o tendo feito em reuniões, jantares e conversas anteriores. Trump manifesta interesse nos recursos naturais e na importância geopolítica do território.

A fonte ouvida pelo Washington Post parece acreditar que a possibilidade de comprar a Gronelândia interessa a Trump principalmente pela possibilidade de lhe dar um legado semelhante ao de Dwight Eisenhower, que fez do Alasca um estado norte-americano. O jornal afirma ainda que os assessores de Trump aguardam mais informações para decidirem se deverão olhar para o assunto de forma séria.

Aaja Chemnintz Larsen, deputada eleita pela Gronelândia no parlamento dinamarquês, comentou estes rumores: “Digo ‘não, obrigada’ a que comprem a Gronelândia. É melhor reforçar a relação com a Dinamarca. Há que sublinhar também que não é uma mercadoria que se possa vender”.

Não se sabendo ainda da seriedade do intento, a verdade é que a administração norte-americana identificou o Árctico como uma região importante em termos de defesa e segurança.

Durante uma visita à Finlândia em maio, Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, afirmou que “este é o momento da América se afirmar como uma nação do Árctico” e que “a região tornou-se numa arena de poder global e competição”.

Os Estados Unidos já tentaram comprar a Gronelândia à Dinamarca duas vezes, em 1987 e em 1946.